sábado, 31 de janeiro de 2009

È de pequenino.... (parte I)


Um casal procurava ensinar a sua filha de apenas cinco anos a brincar com um novo jogo video.Contudo quando a Joana começou a aprender, a ansiedade dos pais em ajudá-la só pareceu servir para complicar as coisas.
Para a direita, para a direita…pára pára, diz-lhe a mãe aumentando a voz em altura e ansiedade. A pequena de olhos muito abertos fixos no monitor e a morder o lábio inferior, tenta cumprir as directivas.Vês, não estás alinhada puxa-o mais para esquerda, ordena o pai. A mãe revira os olhos de frustração e grita por cima da voz do pai: pára pára. A Joana incapaz de agradar simultaneamente ao pai e à mãe, contorce a boca já muito tensa e com os olhos cheios de lágrimas. Os pais começam a discutir ignorando a lágrimas da criança: ela não moveu a alavanca assim tanto, diz a mãe exasperada.
Quando As lágrimas começam a deslizar pela face da Joana nenhum dos pais faz qualquer gesto que indicasse que as tivesse notado ou que se interessasse por isso. A pequena levanta a mão para limpar as lágrimas e de novo a lição recomeça: vá pega na alavanca, diz o pai, tens de estar pronta e a mão grita-lhe: ok mexe-te só um bocadinho.
A pequena porêm está agora a chorar mansamente sózinha com a sua angústia.
Nestes momentos as crianças aprendem lições profundas. Para Joana uma conclusão a tirar deste doloroso episódio poderá ser que nenhum dos pais, ninguém para ser mais exacto, quer saber dos seus sentimentos.
Quando momentos como estes se repetem vezes sem conta ao longo da infância transmitem algumas das mais fundamentais mensagens emocionais, lições que podem determinar o curso de uma vida.
Este texto é a descrição, de uma de várias experiências realizadas por Daniel Goleman, no seu livro “Inteligência Emocional”. Embora o autor pretenda com ele alertar para a importância na família na construção da nossa personalidade eu iria utiliza-lo como “tiro de partida” para uma reflexão sobre os problemas emocionais e até psíquicos que afectam as crianças na infância
Quando os adultos são acometidos de uma depressão os sinais são evidentes e estão bem identificados Porém, em muitas crianças não encontramos a presença de um aspecto triste, mas, por outro lado, mostram-se irritáveis e irritantes e mesmo doentias. A depressão na infância e mesmo o suicídio parecem possuir algumas peculiaridades que durante anos impediu o seu diagnóstico e consequente tratamento.
Quando nascemos, o ego em formação não tem conceitos ou sentimentos, tem o que os especialistas chamam de pulsões, que de uma forma simples são situações de mal estar ou bem estar. Quando tem fome – situação de mal estar – o bébé chora e a mãe tenta resolver a situação dando-lhe de mamar. Da próxima vez ele já sabe que para ficar confortável tem de mamar daí que basta a mãe o por ao colo para ele procurar o peito. Ou seja ele começa a tomar consciência de uma situação bem defenida que irá no futuro identificar como fome. Á medida que a criança se vai desenvolvendo e o ego vai ganhando mais recursos, a mãe pode ser sentida, vista como um objecto total, podendo o bébé amá-la como uma pessoa inteira, não fragmentada. Para essa mãe amada de uma forma inteira é que o bébé se volta para tranquilizar seus medos A mãe inteira, tomada como objecto de amor e de identificação, tem a sua ausência sentida como perda, perda esta vivenciada intensamente, originando um conjunto novo de sentimentos e reações. No entanto, são as repetidas experiências de perda e de recuperação pelas quais passa a criança , que torna o seu ego enriquecido, dando-lhe confiança para o estabelecimento de um objecto seguro, que o proteja e possibilite suportar a angústia depressiva, sem levar a pessoa à doença. Episódios depressivos frequentemente ocorrem, a partir de um acontecimento com valor de perda ou de luto, como a separação dos pais, o falecimento de algum famíliar, a mudança de residência, a morte de um animalzinho de estimação, a perda de um brinquedo. Nestas circunstâncias o comportamento da criança altera-se visivelmente, criando preocupações e problemas aos pais que normalmente não entendem nem sabem o que fazer tomando por vezes atitudes que apenas agravam a situação.

Saudações

O Viajante

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Mulheres o nosso equilibrio


Por muito que alguns homens digam mal das mulheres que elas são assim, que elas são assado, que são de Vénus e por isso não as percebemos, que não sabem orientar-se, que nunca dizem aquilo que pensam, que quando falam dos problemas não é para pedirem ajuda. Mas existem alturas na vida que elas são de facto o nosso equilíbrio psíquico, físico e não só …
Um Xi-coração para vocês todas
Saudações
O Viajante

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O arco-iris




No sábado uma pequena nuvem no meio do céu azul chorava de mansinho. O sol trespassava as suas lágrimas enchendo o ar de cores. E eu dei por mim a olhar para aquela erupção colorida que brotava dum chão cheio de verde e descrevia um arco no céu como que uma coroa a adornar a natureza. Ali fiquei durante alguns minutos em contemplação como se estivesse perante algo de sobrenatural. Mesmo sem o pote de ouro no fim o arco-íris é lindo.



Saudações
O Viajante

domingo, 25 de janeiro de 2009

Obama tomou posse


Quando Obama foi eleito algumas vozes da direita religiosa americana numa atitude que eu não vou classificar, descreviam-no com o anti-cristo descrito na Bíblia. Contudo uma coisa é verdade a onda de esperança que varreu todo o mundo a quando da sua eleição bem como a palavra chave da sua campanha – “Yes we can” - deram-lhe uma aura quase messiânica de salvador.
Tomar conta do país num momento de crise grave, talvez não tenha sido uma escolha acertada. Seria melhor deixar a crise para os republicanos que a criaram. A altura a que foi colocada a fasquia para o seu desempenho poderá comprometer a sua reeleição.
Eu sei que ele gostaria de transformar a América, redistribuir melhor a riqueza, melhorar as condições de vida de muitas regiões deprimidas do interior rural, permitir que todos os americanos, especialmente os mais idosos, tivessem acesso a cuidados de saúde.
Eu sei que ele gostaria de proteger o ambiente aumentando a utilização de energias alternativas.
Eu sei que ele gostaria que a América deixasse de ser vista como um inimigo ou aliado desconfortável e fosse aceite como um parceiro na solução justa dos problemas internacionais.
Eu sei que ele gostaria de solucionar a questão Palestiniana, resolver o problema do Iraque e do Irão, acabar com Guantanamo e com todas as prisões da CIA que durante anos torturaram pessoas, muitas delas inocentes, contra todos os direitos humanos.
Contudo Obama sabe muito bem que forças vai enfrentar quando se dispuser a tentar realizar os seus objectivos. Também sabe que os americanos têm o mau hábito de não usarem só os votos para demitirem os seus presidentes.
Os americanos esperam tudo do novo presidente talvez até Marte, Obama terá de ser um super presidente que Deus o ajude.


Saudações


O Viajante

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

A inteligência do "coração"


Nas últimas décadas do século passado com o auxilio da tecnologia foi possível ter um vislumbre do que sempre tinha sido um profundo mistério, o funcionamente do nosso cérebro quando pensamos, sentimos imaginamos ou sonhamos.
O papel do sentimento na vida mental sempre foi descurado pela investigação, as emoções foram durante muito tempo um continente inexplorado pela psicologia, cujo vazio foi preenchido por uma quantidade de livros de auto-ajuda com conselhos bem intencionados mas sem bases científicas.
Hoje comecei a ler um livro a “Inteligência Emocional”. O seu autor Daniel Goldman realizou um trabalho importante que destrona o todo poderoso coeficiente de inteligência – QI como o único parâmetro de medida das nossa aptidões, acabando com o facto defendido desde há quase cem anos, de que estavamos genéticamente condenados a ser inteligentes ou estúpidos, independentemente das experiências que possamos vir a ter ao longo da nossa vida .
Considerando que existem individuos com elevado QI que falharam estrondosamente na sua vida enquanto que outros com QI mais modesto foram bem sucedidos, este autor acha que deverão existir outros factores para alem das aptidões intelectuais que determinam o nosso sucesso ou insucesso e que até à data não foram considerados, como o autocontrolo, a persistência, auto motivação, etc. E mais estes factores não são como o QI genéticos e podem ser moldados com as nossas experiências.
Só de pensar que o “coração” pode ser tão ou mais importante que a razão nas nossas decisões de vida torna este livro interessante. No fim depois eu conto-vos.


Saudações

O Viajante

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Prémio Blog Simpático


Como quem dá o que lhe dão é amigo do coração queria partilhar com os meus amigos bloggers o prémio “Blog simpático” com que a Shin Tau me presenteou. Até agora só tinha recebido prémios, três da “Seeker” e como ela era a única comentarista dos meus escritos, nunca entreguei nenhum a ninguém. Hoje não é assim, tenho um “mundo” de gente a comentar e porque tem sido a vossa simpatia que me tem motivado a continuar queria atribuir este prémio “Blog Simpático”:

À Linda Seeker e ao seu blog “Searching the Inner Me”
À Extraordinária Salamandra e ao seu blog “Para lá…da bruma”
À Carinhosa Carla e ao seu blog “Piscos de Gente”
Ás Vulcânicas IdoMind e Shin Tau e ao seu blog “Jardim”

Saudações

O Viajante

sábado, 17 de janeiro de 2009

O Culto do Divino Epírito Santo nos Açores


Outra das particularidades desta linda ilha onde habito, a Ilha Terceira de Jesus Cristo, é a par da religião oficial , católica, existir uma religião popular baseada no culto ao Divino Espírito Santo. Este culto que terá sido introduzido no século XIII por influência dos franciscanos espiritualistas que vieram para o arquipelago no inicio da sua colonização. Como se baseava nas doutrinas de Joaquim de Fiori que acabaram por ser proibidas pelo papa Alexandre IV, a igreja católica embora não a tenha hostilizado abertamente, durante muitos anos ignorou esta manifestação de fé popular. A razão desta atitude passiva por parte da Igreja católica não deve ser alheia ao facto de ser a Ordem de Cristo através do seu priorado em Tomar que tinha a tutela espiritual dos Açores e que segundo alguns historiadores terá até incentivado o culto que de facto teve grande expansão. Actualmente só na Ilha Terceira existem cerca de 150 irmandades com os respectivos impérios.
Apesar de não ser um culto organizado a sua simbologia e rituais são extremamente ricos e tem existido por parte de todos os participantes uma vontade de manter a tradição.Os rituais deste culto são executados por irmandades onde não existem hierarquias com excepção do mordomo que é escolhido de entre os irmãos para orientar durante aquele ano as celebrações.
Estas irmandades estão sedeadas num edifício chamado Império do Divino Espirito Santo . Lá são guardados os simbolos, lá se fazem as reuniões da irmandade. Existe tambem um edifício anexo -a Dispensa- onde são guardadas diversas coisas e também as oferendas que serão entregues aos pobres em dias determinados após a Pascoa designados de dia de bodo.
A coroa, o ceptro e o orbe — são os símbolos mais importantes do Império do Divino Espírito Santo, assumindo o lugar central em todo o culto. A coroa é uma coroa imperial, em prata encimada por um orbe em prata dourada sobre o qual assenta uma pomba de asas estiradas. Cada coroa é completada com um ceptro em prata, encimado por uma pomba de asas estiradas. A coroa é decorada com um laço de fita de seda branca, o mesmo acontecendo com o ceptro. Por vezes os braços da coroa são decorados com pequenos botões de flor de laranjeira.
No dia de Páscoa as coroas são transportadas para a igreja, fazendo-se no final da missa a primeira coroação, durante a qual é coroado Imperador um irmão escolhido por sorteio, Depois segue para sua casa em cortejo abrilhantado por uma filarmónica. Na casa do Imperador as coroas são colocada num trono armado em madeira revestida de papel branco e de flores, ficando em exposição toda a semana. Todas as noites, os vizinhos e convidados reúnem-se para um pequeno convívio, por vezes incluindo danças, que termina pela recitação do terço e de orações alusivas ao Divino Espírito Santo. No domingo seguinte, antes da partida para a igreja terá lugar uma refeição - Função - oferecida pelo Imperador, que normamlmente tem como base o pagamento de uma promessa. Em seguida as coroas partem novamente em cortejo para a igreja , repetindo-se o processo até ao Domingo do Bodo (o sétimo após a Páscoa).Nesse dia são montadas em frente ao império mesas onde são colocadas as esmolas, que depois de abençoadas são destribuídas aos irmãos que as pretenderem e às famílias mais necessitadas. Estas esmolas são normamlmente constituídas por uma porção de carne de vaca, por um pão grande, e por vinho.
Este meu escrito é uma descrição muito resumida de um culto que é transversal a toda a comunidade com grande riqueza simbólica e ritual, baseado em valores como a solidariedade e a igualdade. Oxalá funcione como uma especie de aperitivo para despertar a curiosidade sobre este povo indelevelmente marcado por um mar que separa mas também que une sobretudo o céu com a terra.

Saudações


O Viajante

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O poder da aculturação


Na sequência do post que fiz há dias sobre as representações sociais gostaria de vos mostrar um vídeo que me enviaram por e-mail e que põe a nu um dos efeitos catastróficos da tão saudada sociedade da informação, quando é dominada, como acontece nos países da Europa Ocidental e da América do Norte, por uma única cultura que mantém ainda os tiques etnocêntricos dos tempos da colonização e que tem, com ou sem intenção, tentado impor apenas os seus valores, descaracterizando todas as outras culturas.
Esta situação está a dar origem a estereótipos que a partida vão transformar membros de outros grupos culturais em indivíduos inadaptados, com baixos níveis de auto-estima, com todos os problemas que daí resultam.
Neste vídeo várias crianças afro-americanas, são convidados a escolher e a justificar a escolha entre duas bonecas uma de cor preta e outra de cor branca.
Fazem também alguns comentários qualitativos sobre as duas bonecas e se não me choca muito o facto de uma das crianças dizer que a boneca de cor branca é mais bonita, mas quando identifica a boneca de cor branca como boa e a de cor preta como má aí a situação é muito mais grave.
Como será que estas crianças se vão sentir quando crescerem?


Saudações


O Viajante


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Capitalismo de rosto humano


Já lá vão vários meses, crise financeira, milhões de euros perdidos, apoios de milhões para os bancos, crise económica, e agora vamos enfrentar a recessão e o desemprego maciço.
Contudo não vi até hoje ninguém propor uma nova visão do sistema capitalista que impeça estas crises cíclicas. Assim busquei no fundo do meu saber empírico e fiz algumas reflexões que eventualmente por esse mundo já muita gente fez.
Os três pilares do capitalismo são: o mercado, a bolsa de valores e o sistema financeiro. Para o sistema funcionar tal como os órgãos vitais do nosso corpo estes pilares tem de ser protegidos.
O mercado precisa de ser regulado para impedir as disfunções causadas por monopólios oligopólios ou pelo açambarcamento.
A empresas enquanto agentes do mercado não podem ter apenas como único objectivo, aumentar indefinidamente o lucro.Têm de voltar a desempenhar um importante papel social, formando e motivando o seu pessoal, dando estabilidade à malha social onde se inserem e ao ambiente.
A bolsa de valores tem de ver defendida a razão primeira para que foi criada, absorver as poupanças dos investidores e capitalizar as empresas. A especulação terá ser fortemente penalizada.
O sistema financeiro terá de ser monitorizado por entidades oficiais ou semi-oficias que efectuarão auditorias periódicas a todas as organizações financeiras e as fraudes ou tentativas de enganar os clientes e accionistas, têm ser severamente punidas e os seus gestores responsabilizados pessoalmente.
A gestão por objectivos para as empresas do ramo financeiro terá de ser repensada.
Os paraísos fiscais que lavam o dinheiro de sangue e financiam o crime e o terrorismo internacional terão acabar.
Quanto ao estado como se pode ver tirando a legislação e a monitorização do sistema pouco aparece nas minhas propostas. Apesar de tudo alguns dirão que será exagerado, também foram exagerados os excessos e até hoje não vi quase ninguém penalizado por isso.
Depois de várias crises em que se nacionalizaram os prejuízos já era tempo das cabeças pensantes terem reparado que o sistema funciona num mundo perfeito sem egoismo e sem ganancia. Como esse mundo talvez exista na “Utopia” de Tomas More tanto este quanto outros sistemas económicos têm de ser regulados e monitorizados.

Contudo não acredito que se mude nada de relevante e daqui a cinquenta anos os mesmo irão meter os pés pelas mãos e nós cá estamos para os "ajudar".



Saudações



O Viajante

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Tão longe e no entanto tão perto


A imagem que hoje temos da Maçonaria não a aproxima de uma ordem monastica como os Beneditinos.
Daí que uma colega bloguer tenha ficado muito intrigada quando leu um livro chamado “O monge e o venerável” que fala da relação entre dois homens um beneditino e outro maçon e verificou que partilhavam as mesmas ideias sobretudo na defesa de segredos esotéricos.
O carácter sagrado do trabalho e da ciência, sempre caracterizou os povos da antiguidade. Egípcios, Sumérios, Caldeus e Assírios sempre atribuíram a função de defesa dos segredos e ensino dos diferentes ramos do conhecimento humano aos sacerdotes. A arquitectura não foi excepção, a função sagrada de arquitecto construtor era exercida pelos sacerdotes, como por exemplo Imhotep, sacerdote do Deus Amon, que construiu a primeira pirâmide em Sakkarah.
Com a expansão da cultura grega e mais tarde da romana os “iniciados” embora ligados aos templos criaram organizações de artesãos que fizeram surgir em Roma os “Colégios de Artesãos ”.

Construíram palácios e templos por todo o império como é o caso do templo de Diana em Évora e constituíram a pré-história da Maçonaria.
Já em plena Idade Média, antes de aparecer a Maçonaria Operativa ou Maçonaria de Ofício, quando começaram a ser construídos muitos conventos, igrejas, catedrais e palácios, foram importantes as Associações Monásticas, principalmente constituídas pelos Beneditinos e Cistercences, experientes projectistas e geómetras, que dominaram os segredos da construção por muito tempo. Mas com a procura cada vez maior de construções e serviços secundários foram obrigados a contratar profissionais leigos. Foram estes profissionais que posteriormente criaram Confrarias Leigas entre as quais a Franco-Maçonaria que era constituída por pedreiros-livres ou “franco-maçons” e que influenciaram directamente a Maçonaria actual.
Com a crise das grandes obras, no fim da Idade Média e o declínio das confrarias, a franco-maçonaria começou a aceitar profissionais de outras áreas, mantendo o carácter mutualista mas tomando agora uma orientação de intervenção social e política, que levou a que fosse perseguida quer pelos poderes constituídos quer pela inquisição e se transformasse numa sociedade secreta. Em 1798 quando a população de Paris se revoltou tomando a Bastilha os membros desta organização tiveram um papel importante neste processo. A sua atitude anti-clerical e agnóstica e as suas ideias democráticas, progressistas e republicanas afastaram-nos das monarquias conservadoras e da igreja.
Apesar deste novo formato a Maçonaria nunca perdeu de vista as suas origens religiosas. Os seus membros organizam-se ainda hoje em lojas e reúnem-se em templos. Acreditam num Ente Superior, a quem chamam Grande Arquitecto do Universo, e mantêm inalterado o ritual de admissão(iniciação) que remonta aos Colégios Romanos. Cada loja Maçónica é presidida por um irmão que é designado por Venerável Mestre, nome que era dado aos abades dos conventos e mosteiros no início da Idade Média.
Esta organização mantêm ainda o seu ecletismo e o respeito que os Irmãos nutrem entre si, quer como fraternos, quer em relação ás suas ideias, respeitando assim o princípio de que, mesmo não concordando com elas, devem ser ouvidas e discutidas.

Saudações

O Viajante

sábado, 10 de janeiro de 2009

Parabens a você


Hoje a minha cara metade fez o seu aniversário, foi um dia recheado de emoções especialmente para ela. Logo de manhã recebeu um telefonema do México de uma amiga blogger que a sensibilizou imenso.
Depois eu dei-lhe a minha prenda, um perfume da Bulgary. Sim eu sei que dar perfumes é perigoso mas eu tinha uma vantagem, sabia que ela gostava.
Depois fomos almoçar e aí foi o fim. Costumamos ir diariamente almoçar a um self-service que faz o favor de atender ao facto de que a minha mulher é vegetariana e onde, quer tanto a patroa quanto as funcionárias. nos tratam mais como amigos do que como clientes.
Quando chegámos tinhamos uma mesa posta e um enorme ramo de flores. A aniversariante teve direito a um prato vegetariano especial e para terminar apagou uma vela num bolo de chocolate, que por acaso estava divinal, acompanhado pelo tradicional “Parabens a você” cantado em coro pelas funcionárias .
Ela adorou todos os mimos e eu adorei ver a expressão feliz do seu olhar.
Parabens “Mor” e para o ano vamos a Paris.


Beijinho


O Viajante

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Politicos de ontem, politicos de hoje



Hoje um colega enviou-me por e-mail este texto que faz uma crítica aos governantes do nosso país.
“Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas.Porém são nulos a resolver as crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expedientes. País governado ao acaso, governado por vaidades, por previlégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência ?”
Não meus senhores o autor deste texto não é nenhum político da oposição, também não é um histórico partidário ou “fazedor” de opinião. Esta crítica tem 140 anos e foi feita por Eça de Queiroz, escritor, aos políticos do seu tempo.
Como podemos ver o problema mantem-se ainda hoje e tanto quanto é possivel saber é uma situação muito antiga, já os romanos diziam que lá na Ibéria junto ao mar existe um povo que não se governa nem se deixa governar.
Saudações
O Viajante

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

As crianças das Estrelas - Crianças Indigo



As Crianças Índigo são seres fabulosos que desde há muito tempo estão chegando ao nosso planeta.
Em reduzido número antes da segunda guerra mundial, começaram a vir em maior número depois e a partir da década de 70 então, começaram a chegar em ondas. Depois de 1995 estima-se que oitenta e cinco por cento dos nascimentos ocorridos na Terra sejam de crianças índigo.Estas crianças serão os catalisadores da transformação social, educacional, familiar e espiritual de todo o planeta. Para tal elas possuem uma estrutura cerebral diferente dos restantes seres humanos, no tocante ao uso dos hemisférios cerebrais.
Como crianças, são parecidos com todas as outras, embora sejam frequentemente bonitas e com olhos penetrantes. São sempre altamente inteligentes e cheias de perguntas. Têm muita força de vontade, normalmente possuem amigos "imaginários" e adoram fadas e golfinhos. A sua inteligência poderá por vezes ser exasperante para os adultos. A maneira correcta de lidar com um índigo é estar disposto a negociar, explicar, dar-lhe escolhas. Ordens como "Faz-se assim porque quem manda sou eu " só produzirão hostilidade e indiferença.
Exigem do ambiente à sua volta certas características que não são comuns nas sociedades actuais, como múltiplas opções, relações verdadeiras e muita negociação. Daí que elas questionem instituições que como a família ou a escola se limitam a impor regras.
Uma instituição vulnerável à acção dos índigos é portanto a escola. Ainda hoje, o modelo de ensino é feito para o hemisfério esquerdo do cérebro, o racional, o lógico, incompatível com os índigos que naturalmente têm o hemisfério direito mais desenvolvido, o que lhes dá o grande poder intuitivo e grande capacidade de percepção extra-sensorial. Como elas possuem uma estrutura mental diferente, resolvem problemas conhecidos de maneira diferente. Ficam entediados pelo passo vagaroso e pelas tarefas repetitivas. Aprendem através do nível de explicação, resistindo à memorização mecânica ou a serem simplesmente ouvintes. Daí que sejam hiperactivos, que se distraíam com facilidade, tendo baixo poder de concentração. Têm alta sensibilidade, não conseguem ficar quietos ou sentados, a menos que estejam envolvidos em alguma coisa do seu interesse. Por isso estas crianças são muitas vezes diagnosticadas como portadores de Transtorno do Déficit de Atenção ou do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Para resolver isso dá-se-lhes medicação, que acaba por sedar a sua imensa potencialidade.
Por serem orientados pela parte direita do cérebro, quando adultos, são geralmente atraídos por actividades e ocupações que usam esse lado do cerebro, como a música, a arte, a escrita, a espiritualidade. Adoram cristais, Reiki, meditação e yoga. Têm dificuldade em aceitar a autoridade mesmo a dos pais, são intensivamente leais aos seus amigos, acreditam em honestidade e comunicação nas relações. Ficam frequentemente desconcertados com a desonestidade, a manipulação e outras formas de comportamento egoísta. Contudo têm muitos medos, como da morte ou da perda dos seres amados. Se experimentam muito cedo a decepção ou a falha, podem desistir e desenvolver um bloqueio permanente.
Agora talvez entenda aquele familiar, amigo, vizinho ou aluno, com um comportamento estranho que frequentemente põe a sua cabeça em água.

Saudações

O Viajante

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Idade do Espirito - profecias de S. Malaquias


As tradicionais perguntas: quem somos?, que fazemos aqui? de onde viemos? e para onde vamos?, ao que parece foram desde sempre algo que inquietou o espírito humano. Se estudarmos os diferentes grupos humanos que têm habitado o nosso planeta dos maiores aos mais pequenos de uma forma geral podemos encontrar sempro os mitos da criação e da destruição do mundo.
Inicialmente transmitidos de geração em geração de forma verbal pelos sacerdotes e xamãs, gravados nas paredes dos templos e mais tarde escritos em papiros. Embora com as diferenças inerentes às diferentes visões estes mitos acabam por ser extraordinariamente parecidos como se tivessem sido revelados por uma entidade única.
São várias as profecias que chegaram até aos nossos dias mas hoje, irei apenas falar das que são atribuídas a S. Malaquias que estão de alguma forma ligadas ao Segredo de Fátima.
Das profecias S. Malaquias, Bispo Irlandês nascido no final do seculo XI, consta uma lista de todos os Papas que se seguiriam a Inocêncio III, que reinou em vida de S. Malaquias e que colocam Bento XVI como o penúltimo Papa.
S. Malaquias designa João Paulo II como o De Labore Solis (o trabalho do sol), talvez pelo facto dele ter sido um incansável trabalhador. Foi o papa que mais viajou em redor do mundo procurando elevar os principios morais dos cristãos católicos. Contudo existe um pormenor que o poderá aproximar ainda mais da sua designação profética já que este homem nasceu durante um eclipse solar e foi sepultado durante outro.
No dia da morte do Papa João Paulo II ouvi um especialista destas profecias dizer que o próximo era designado por De Gloria Olivae (a gloria da oliveira)e esse especialista colocava a hipotese de ser um homem que iria trazer a paz ao mundo (ramo de oliveira), trazer a paz na terra das oliveiras (israel/palestina) ou que pertenceria à Ordem Beneditina, tambem conhecidos por olivetanos.
Embora Ratzinguer não seja Beneditino escolheu o nome do criador da ordem S. Bento e durante as estadias de férias na sua terra natal era um frequentador assíduo de um convento beneditino onde fazia os seus retiros.
Quanto ao próximo papa S. Malaquias designa-o por Petrus Romanus (Pedro Romano) que de acordo com o profeta percorrerá a sua cidade rezando pelas almas dos cadaveres que irão pejar as ruas e “reinará num mundo de desolação como o último papa do Deus verdadeiro".
Outro aspecto interessante é que esta profecia se cruza com o segredo de Fátima descrito por Lúcia que também tem uma visão do papa esta no meio da desolação e de muitos cadaveres e acaba por morrer assassinado.
Claro que a instituição e os crentes acreditam que será o fim do mundo mas de facto pode-se tratar apenas do fim de uma forma de governo da igreja que em tempos recuados da sua história chegou a ter três papas em simultaneo e apesar disso chegou até aos nossos dias.

Saudações


O Viajante

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Receita para um Ano Feliz:


Uma colega enviou-me por e-mail esta receita para o novo ano que não resisto a transcrever:

Tome 12 meses completos.

Limpe-os cuidadosamente de toda a amargura, ódio e inveja.

Corte cada mês em 28, 30, ou 31 pedaços diferentes, mas não cozinhe todos ao mesmo tempo.

Prepare um dia de cada vez com os seguintes ingredientes:
- Uma parte de fé

- Uma parte de paciência

- Uma parte de coragem

- Uma parte de trabalho

Junte a cada dia uma parte de esperança, de felicidade e amabilidade.

Misture bem, com uma parte de oração, uma parte de meditação e uma parte de entrega.

Tempere com uma dose de bom espírito, uma pitada de alegria, um pouco de acção, e uma boa medida de humor.

Coloque tudo num recipiente de amor.

Cozinhe bem, ao fogo de uma alegria radiante.

Guarneça com um sorriso e sirva sem reserva.

Feliz 2009!!!

O Sindrome do Escorpião




Um dia estava um escorpião numa margem de um rio africano e aproximou-se dele um crocodilo. Ao vê-lo o escorpião pediu-lhe que o transportasse para a outra margem. Quando estavam a meio da travessia o escorpião picou com o seu ferrão o crocodilo que devido ao veneno começou a perder forças e a afundar-se. Voltando-se para o escorpião o crocodilo perguntou-lhe porque fizeste isso? Tens consciência que nos condenaste os dois à morte? Ao que o escorpião respondeu eu sei mas esta é a minha natureza.
Quando o nosso governo ajudou a resolver os problemas dos bancos, a pensar que eles iriam apoiar a economia, esqueceu-se de que eles são instituições, que tal como o escorpião, têm uma natureza muito peculiar, que tem como objectivo aumentar indefinidamente os seus lucros, mesmo que para tal afundem todo o sistema económico.
Portanto linhas de crédito para as pequenas e médias empresas, são bons argumentos políticos para se apresentarem na comunicação social, mas que dificilmente serão levados à prática. Com o aumento explosivo do crédito mal parado, empréstimos só se envolverem poucos riscos e nem o facto das taxas de juro estarem baixas tem contribuido para um maior dinamismo nos empréstimos por parte dos bancos.
Há tempos o Sr. Ministro das Finanças disse que retiraria a garantia do Governo se os bancos não emprestasse dinheiro às empresas, mas ao que parece foi como diz o povo, só conversa.
Saudações
O Viajante

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O Pai Natal e a Crise


Dando umas voltas pela minha ilha cheguei à conclusão que de facto a crise é profunda e atingiu até quem menos se esperava.
O Pai Natal, símbolo de alegria e de partilha está também, ao que parece, com graves problemas financeiros.
Embora tenha conseguido uma garantia bancária do governo para adquirir os presentes que irá distribuir por cá, não deve ter tido apoios para o aluguer do trenó e das renas.
Ora sem o trenó e as renas que o colocavam próximo da chaminé, o simpático vélhinho tem de escalar os edifícios para chegar ao telhado, o que pode ser um empresa perigosa atendendo à sua já adiantada idade.
Sem seguro de acidentes de trabalho, porque não há companhia que lhe pegue, só lhe resta trabalhar à portuguesa: “vamos lá e seja o que Deus quiser”.
Talvez certas empresas que todos os anos por esta data exploram de forma mais que abusiva a imagem daquele velhinho de barba branca e até a registaram como sua imagem de marca, deveriam pelo menos contribuir facilitando a vida ao Pai Natal e não o obrigando a situações que as fotos documentam .

Saudações
O Viajante