domingo, 19 de julho de 2009

Hoje vi estrelas!


E pronto já cá estamos no nosso lugar de férias.

Uma paisagem serrana com um hotel com ar alpino, com piscinas e spa. Os ingredientes estão presentes, portanto julgo tudo irá correr bem e serão com certeza momentos para recordar.

Claro que para um homem que vive junto ao mar, a montanha pode em determinadas alturas nos fazê-lo sentir-se claustrofóbico. Eu tenho uma técnica, quando me sinto assim, olho para o céu e foi isso que fiz ontem.

Dei por mim a pensar na Ursa Maior e na sua filha mais pequena, na Cassiopeia e na sua forma em W, na Orion e nas três estrelinhas que se encontram no seu centro e que por cá se chamam as Três Marias. Até apontei a Estrela Polar e como não podia deixar de ser Venus.

Muitos destes corpos celestes estão a distâncias inimaginaveis, daí que sejam medidas em “anos-luz” ou seja a distância que a luz percorre durante um ano, qualquer coisa como 9 triliões de quilómetros.

Tirando o nosso Sol a estrela mais perto de nós , Proxima da constelação Alfa de Centauro, está a cerca de 4,5 anos-luz mais ou menos 40 triliões de quilómetros.

A sonda Voyager, a mais rápida de todas as naves construidas pelo homem, demoraria 700 mil anos a percorrer essa distancia.

Depois de ter pensado tudo isto olhei de novo para as estrelas e pensei quão falíveis podem ser os nossos sentidos, talvez quem saiba estou a olhar para um céu que já não existe. Talvez algumas das estrelas que me enviaram a luz que hoje eu estou a receber, tenham deixado de existir há milhões de anos atrás.

De facto somos seres bem adaptados ao nosso planeta contudo teremos que desenvolver outras capacidades se queremos sair dele, seja para o espaço seja para outros planos.

Os nossos cientistas também estão cada vez mais na onda dos felizes que acreditam sem terem visto.

Saudações

O viajante