quinta-feira, 25 de junho de 2009

"Amar" sem Amor


“Não existe acto mais cobarde do que despertarmos noutro ser humano o amor sem nunca termos a intenção de o amar”.
Claro que isto não se aplica a todas as relações que não resultaram, muitas delas tiveram no seu início sentimentos profundos, vontade de arriscar numa vida a dois, mas que por circunstâncias diversas não chegaram a bom porto.
Estou a falar de certas pessoas muito mais preocupadas em ter do que em ser, que por razões que apenas têm que ver com o seu conforto pessoal ou até com um certo espírito caçador, mudam completamente de personalidade, no sentido de garantirem algo que pretendem de outra pessoa, cercando-a de todo tipo de atenções, levando a uma resposta que é muitas vezes baseada num sentimento genuíno.

Como não conseguem definir bem o que sentem, talvez porque na sua primeira infância viveram num ambiente pouco afectivo e tal como os bebés apenas têm situações de conforto e desconforto, que ao longo da sua vida nunca conseguiram descodificar, tendem a controlar de forma quase obcessiva a relação e o parceiro/a.
São normalmente pessoas que fazem as suas escolhas de forma pragmática: novo, bonito, rico, bem empregado, boa casa, bom sexo Enquanto estas variáveis se mantiverem a pessoa sente-se bem na relação e quer mantê-la. Constroem-se carreiras profissionais, até se têm filhos, mas o amor, pelo menos pela parte dessa pessoa nunca está presente.
Depois quando naturalmente por circunstâncias da vida novas variáveis são acrescentadas como problemas profissionais, de saúde ou financeiros, especialmente afectando o parceiro/a o desconforto instala-se e os defeitos do outro surgem do nada, e parecem aumentar diariamente. A ruptura é feita a nivel psicológico quase desde o ínicio e o tempo vivido até à ruptura de facto é doloroso e marcado por conflitos já que a fraca tolerância aos problemas dos outros é uma das caracteristicas destas pessoas. Se existem relações que se mantêm por mais tempo deve-se sobretudo ao facto de existirem filhos, património, ou à custa de vidas duplas.
Claro que o pragmatismo também tem os seus riscos especialmente quando essas pessoas se envolvem com pessoas que funcionam como elas. Quando descobrem que na verdade a pessoa não tem nada que ver com a imagem que quis “vender” nos primeiros encontros, sentem-se enganadas e a relação transforma-se numa luta para determinar quem têm a última palavra. Durante algum tempo irão haver encontros e desencontros até que um deles tenha uma perspectiva de vida que o atraia mais. Então aí a luta acaba. O outro pode ainda “refilar” mas como deixa de ter resposta acaba também por tentar reorientar a sua vida.
A maior parte não reconhece essa falha de personalidade e como até tem tido alguns resultados irá usar essa estratégia até ao fim, independentemente dos estragos que possa provocar à sua volta.

Algumas conseguem ser honestas com os outros, especialmente quando não pretendem nada deles, mas quem as conhece sabe que são pouco sensíveis aos problemas alheios e difíceis de confiar.

Acredito que muitas delas gostariam de mudar alguns aspectos da sua personalidade porque têm consciência que a sua insatisfação permanente magoa quem elas trazem para a sua vida e não as faz felizes.
Acho que o primeiro passo para mudarem as coisas seria alterarem os parâmetros de escolha, dos parceiros/as. Depois, se encontarem o amor na pessoa que escolheram devem guardá-lo e protegê-lo como algo muito valioso, que irá servir de suporte à relação sobretudo nos momentos difíceis.

O caminho para a felicidade assenta no amor, na amizade e na compreensão e exige trabalho e confiança.

Saudações



O Viajante

A Festa do Sol




Na noite de 23 com o desfile das marchas de S. João viveu-se o momento mais alto das festas em hora de S. João que animam, de 19 de Junho até dia 28 a cidade de Angra do Heroismo, conhecidas pelas “S. Joaninas”.

Depois de em anos anteriores terem celebrado a diversidade cultural e o papel da cidade na carreira das indias, as festas têm como tema este ano o Sol, enquanto gerador de energia e força para caminharmos no sentido de um futuro luminoso.

Contudo a festa não se reduz às marchas. Desfiles de grupos folcloricos e filarmónicas, bem como eventos desportivos como regatas e provas de BTT, passando por exposições de pintura e fotografia, mostras etnográficas e como não podia seixar de ser, esperas de gado e corridas de touros.

Todas as noites em seis pontos da cidade haverão espectáculos musicais, alguns deles com artistas de renome e também estão disponíveis um pouco por toda a cidade “tasquinhas” onde para além da comida “normal” se podem provar alguns petiscos locais como lapas grelhadas, favas cuadas, batatas com massa malagueta, morcela frita e a alcatra.

As festas são encerradas por um desfile de bandas filarmónicas, que na Terceira são vinte e duas, e por um sempre espectacular fogo de artificio.

Espero que para o ano alguns de vós que estão a ler este post resolvam passar por cá e divertirem-se um pouco

Saudações

O Viajante