terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Capitalismo de rosto humano


Já lá vão vários meses, crise financeira, milhões de euros perdidos, apoios de milhões para os bancos, crise económica, e agora vamos enfrentar a recessão e o desemprego maciço.
Contudo não vi até hoje ninguém propor uma nova visão do sistema capitalista que impeça estas crises cíclicas. Assim busquei no fundo do meu saber empírico e fiz algumas reflexões que eventualmente por esse mundo já muita gente fez.
Os três pilares do capitalismo são: o mercado, a bolsa de valores e o sistema financeiro. Para o sistema funcionar tal como os órgãos vitais do nosso corpo estes pilares tem de ser protegidos.
O mercado precisa de ser regulado para impedir as disfunções causadas por monopólios oligopólios ou pelo açambarcamento.
A empresas enquanto agentes do mercado não podem ter apenas como único objectivo, aumentar indefinidamente o lucro.Têm de voltar a desempenhar um importante papel social, formando e motivando o seu pessoal, dando estabilidade à malha social onde se inserem e ao ambiente.
A bolsa de valores tem de ver defendida a razão primeira para que foi criada, absorver as poupanças dos investidores e capitalizar as empresas. A especulação terá ser fortemente penalizada.
O sistema financeiro terá de ser monitorizado por entidades oficiais ou semi-oficias que efectuarão auditorias periódicas a todas as organizações financeiras e as fraudes ou tentativas de enganar os clientes e accionistas, têm ser severamente punidas e os seus gestores responsabilizados pessoalmente.
A gestão por objectivos para as empresas do ramo financeiro terá de ser repensada.
Os paraísos fiscais que lavam o dinheiro de sangue e financiam o crime e o terrorismo internacional terão acabar.
Quanto ao estado como se pode ver tirando a legislação e a monitorização do sistema pouco aparece nas minhas propostas. Apesar de tudo alguns dirão que será exagerado, também foram exagerados os excessos e até hoje não vi quase ninguém penalizado por isso.
Depois de várias crises em que se nacionalizaram os prejuízos já era tempo das cabeças pensantes terem reparado que o sistema funciona num mundo perfeito sem egoismo e sem ganancia. Como esse mundo talvez exista na “Utopia” de Tomas More tanto este quanto outros sistemas económicos têm de ser regulados e monitorizados.

Contudo não acredito que se mude nada de relevante e daqui a cinquenta anos os mesmo irão meter os pés pelas mãos e nós cá estamos para os "ajudar".



Saudações



O Viajante