quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Nem tudo o que luz é ouro"


Todos os que me conhecem sabem que não sou uma pessoa de posições radicais, procuro ser ponderado e sobretudo acho que o nosso caminho tem de ser “O Caminho do Meio”.
Como diz o povo o que é demais cheira mal. Tudo o que é levado ao extremo perde as suas características boas e transforma-se em algo prejudicial.
Eu acredito que a sociedade gera no seu interior as forças que a transformam, mas também que a estabilizam.
Quando falo em ser em vez de ter não estou a falar em deixarmos a nossa casa e irmos viver para a montanha, transformarmo-nos em místicos ou ascetas (o que aliás seria impossível) estou a falar em olharmos para dentro ouvirmos aquilo que o ruído desta correria incessante em que vivemos do sempre mais, nos impede de ouvir.
Somos completamente dominados pela economia e pelo consumo desenfreado tudo compramos e julgamos que tudo se pode comprar. Como diz o Rogério o dinheiro pode não trazer a felicidade mas pode comprar os confortos.
Podemos estar bem alimentados sem estar obesos, podemos ter uma casa confortável sem a termos cheia de coisas inúteis. Há pouco mais de cinquenta anos no nosso país poucos tinham automóvel, não tínhamos televisão, frigorífico e muito menos computador, ou telemóvel. Éramos um país pobre (como hoje somos, só que hoje vivemos de aparências) e apesar do sistema político ditatorial nunca fomos um povo cinzento ou infeliz.
Se olharmos para as grandes correntes filosóficas como o Budismo o Hinduísmo, Confucionismo, elas vieram de países que até há bem pouco tempo atrás tinha grandes carências, de acordo como o nosso ponto de vista.
A procura de algo mais para além das necessidades da pirâmide de Maslow não nos é induzido por qualquer acção de marketing publicitário. É a necessidade profunda de descobrirmos a nossa verdade interior e dar reposta à pergunta que nenhum sistema cientifico-tecnólogico nem nenhuma capacidade económica permitem responder: qual é o meu papel no processo da evolução do Cosmos. E claro há pessoas que sentem essa necessidade e outros não.
Saudações
O Viajante