terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O Carnaval na Terceira



Mais um tempo que na Terceira se reveste de caracteristicas quase únicas em todo o país.
Durante os três dias de Carnaval grupos de teatro popular deslocam-se por toda a ilha, actuando em colectividades que estão normalmente cheias para os ver.
As "Danças" e os "Bailinhos" como são designados, são grupos que poderão chegar a vinte elementos. Representam uma pequena peça, que pretende fazer uma crítica a determinadas situações sociais e ou políticas. Na maior parte das vezes de forma cómica e divertida com as chamadas “Danças de Pandeiro” e “Bailinhos” ou de forma mais séria levando por vezes a assistência às lagrimas como é o caso das “Danças de Espada”.
As “Danças de Pandeiro” são assim chamadas porque o elemento que por vezes vai fazendo o papel de narrador tem um pandeiro que utiliza para ritmar o resto do grupo e fazer algumas evoluções no palco tocando este instrumento. Quando são dois os tocadores de pandeiro dá para apreciar a sintonia dos seus movimentos.
A diferença entre uma “Dança” e um “Bailinho” tem sobretudo a ver com a riqueza dos trajes utilizados pelos participantes.
Este ano serão sessenta o numero de “Danças e Bailinhos”, isto implica que cerca de mil e duzentas pessoas estão directamente envolvidas, metade das quais toca instrumentos musicais para além de representar.
Além destes existem mais umas quantas centenas de costureiras que confecionam os trajes, empresários e entidades publicas que facilitam transportes e as colectividades que normalmente recebem estes grupos com comida.
A importância não só cultural como social deste fenómeno, ainda se acentua mais quando tomamos consciência que tudo isto acontece numa ilha com cerca de sessenta mil habitantes.


Saudações


O Viajante