terça-feira, 21 de outubro de 2008

Quem tem medo de Sara Palin







Como diz o povo “pelo andar da carruagem vê-se quem vai lá dentro”, é esse o caso da candidata do Partido Republicano dos Estados Unidos a Vice-Presidente, a Sra. Sara Palin que tem um não sei quê que não se vê cá de fora mas que temo, quando se revelar, só nos fará ir embora (para outro planeta claro!).
Defensora da vida contra o aborto mas também da pena de morte e do direito a usar armas, considera que a educação sexual nas escolas deve ser dada no sentido de levar os jovens à abstinência sexual, mas não do álcool uma vez que enquanto mayor decretou o alargamento do horário de funcionamento dos bares da sua cidade.
Defensora da exploração petrolífera mesmo dentro da reserva ANWR (Artic National Wildlif Refuge), acha que isso do aquecimento global ser resultado da actuação humana “ainda “não está provado e também não está de sobre maneira interessada nos ursos polares nem nas belugas.
Defende a Teoria Criacionista porque é assim que vem na bíblia e como dizia um cómico americano olha para os Flinstones como se fosse um documentário.
Acha também que existem livros que não devem estar disponíveis nas bibliotecas públicas.
Mas o que me chocou mais foi a facilidade com que ela colocou a hipótese de uma guerra com a Rússia.
E lamentavelmente ela pensa como algumas dezenas de milhões de americanos talvez porque nunca viram as suas cidades destruídas como alemães, ingleses, japoneses e outros povos do mundo, têm a percepção da guerra como uma coisa distante, que se pode ver na televisão em directo como qualquer filme. Claro que as suas tropas combatem claro que os seus familiares morrem mas as suas mulheres e crianças e as suas casas e infra-estruturas estão protegidas.
Talvez a Sra. Palin pense que uma guerra com a Rússia seria na Europa e que os Estados Unidos enviariam pessoal e equipamento para a travar, que os mísseis seriam só dos Estados Unidos e que a Rússia seria rapidamente derrotada pela superioridade tecnológica dos americanos.
Quando vemos o que esta crise financeira provocou na economia mundial e nos circuitos de mercado, eu pergunto o que aconteceria se houvesse um conflito militar com a Rússia?
Esta estreiteza de pensamento conjugada com os outros princípios, alguns deles de um fundamentalismo impróprio num país que se define como campeão da democracia, causam-me alguns arrepios especialmente quando penso que a ser eleita vice-presidente, aquela senhora pode facilmente vir a ser um dia presidente da nação mais poderosa do mundo.
Se isso acontecer que Deus nos ajude!


Saudações


O Viajante