sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A maldita crise


Estou a ficar farto de falar na crise económica em que os nossos amigos americanos nos mergulharam mas de facto, ao analisar bem a situação, fico constrangido pela forma quase infantil como o presidente e seus colaboradores, vem pedir ao seu povo e aos restantes países que os ajudem a superar a crise.
Estamos nós preocupados com as armas nucleares do Irão, com a intervenção russa na Geórgia ou com a guerra do Iraque, quando a administração dos Estados Unidos de conluío com este bando de especuladores desonestos, chamados pomposamente de bancos de investimento, faz deflagrar esta bomba de hidrogénio económica que poderá, ainda não sabemos, destruir a economia mundial, mas que para já, segundo a Onu, vai colocar a beira da fome durante este inverno cerca de 75 milhões de pessoas.
Estamos perante um crime contra a humanidade levado a cabo por pessoas sem escrúpulos e sem ética que pode, qual arma de destruição maciça, matar muita desta gente.
E que sinal estamos a dar a esses criminosos? Que podem continuar porque haverá sempre dinheiro dos contribuintes para os salvar e que quanto a penalizações, tudo como dantes, podem ficar com os milhões que sugaram.
E a nossa Europa meus senhores com o nosso mercado de 700 milhões de pessoas e talvez o bloco económico com o maior rendimento per capita do mundo, como é que as nossas instituições financeiras ficam com pneumonia só porque a América espirrou. Talvez porque os especuladores desonestos não estejam só nos bancos de investimento.
Naturalmente os banqueiros centrais, os semi-deuses da nossa economia, vão assobiar para o lado porque também têm as mãos sujas e tal como muitas vezes já aconteceu a culpa vai morrer solteira.

O pior vai ser se um dia nós dissermos: "não pagamos"
Saudações
O Viajante