domingo, 30 de novembro de 2008

Cidades pela vida contra a pena de morte



Quando alguém diz que a vida é sua e que faz dela o que quiser, isto só demonstra que ele não tem a mínima ideia do que está a falar.
A vida é algo que nos foi dado para fazermos um caminho. Temos de a proteger, gerir bem e em circunstância alguma temos o direito de a destruir, seja a nossa seja a dos outros.
A condenação à morte de um criminoso não tem nada a ver com justiça mas tem tudo a ver com vingança, olho por olho dente por dente. Isso era lei há três mil anos, hoje pretendemos ser pessoas diferentes temos uma carta dos direitos humanos elaborada pela ONU mas continuamos a torturar e a executar prisioneiros. A autoridade moral que nos devia tornar diferentes é substituida pela necessidade imediata de informações ou de fazer “justiça” para que as famílias da vítimas possam apenas fechar o ciclo de ódio, porque a paz só se encontra no perdão.
“NÃO À PENA DE MORTE”.


Saudações



O Viajante

Não me chega uma vida


Sempre achei que setenta ou oitenta anos era muito pouco tempo para evoluirmos desde seres inclinados para a terra até seres definitivamente ligados ao Céu
Por outro lado o facto de sermos condenados ou glorificados só por esta vida é uma situação que considero injusta e nada conforme com o Deus que eu amo e conheço.
Tornando a usar o principio da sintonia verifiquei que a reencarnação era uma constante em quase todas as correntes religiosas. Na religião Cristã ela não aparece porque foi retirada da doutrina oficial da igreja no concilio de Niceia.
Apesar disso existem algumas “fugas” de informação no novo testamento. Quando um dos discipulos disse a Jesus que os judeus não acreditavam que ele era o Messias porque o Antigo Testamento dizia que o profeta Elias havia de voltar à terra antes da vinda do Messias para preparar o seu Caminho, Jesus disse referindo-se a João Batista mas ele já veio.
Mas afinal como funcionará este esquema cosmico de evolução ?
Faço-vos uma proposta, pensem numa ilha linda – Antilia - onde nunca a noite acontece porque existe sempre brilho constante no céu. Nela habitam seres de luz, os Antilianos, que se comunicam telepáticamente alimentando-se da energia que os liga e cujo único objectivo é evoluirem para o mais elevado nivel de vibração, elevando assim a sua comunidade e aumentando a capacidade para ajudarem outras ilhas.
Mas para poderem evoluir os Antilianos têm de sair de Antilia e viajar para outra ilha - Tanmar - onde passam períodos de aprendizagem.
Claro que a decisão da viagem e o plano de aprendizagem é de cada um mas como todos estão ligados embora seja um decisão individual ela é simultaneamente um decisão colectiva já que tal como num organismo nenhuma das suas partes funcionais irá por em causa outra sob pena de causar a sua própria destruição.
Mas Tanmar e Antilia são diferentes pelo que os antilianos quando chegam a Tanmar têm que usar um equipamento especial que os adapate ás condições do novo lugar e permita inter-agir com o ambiente. Trata-se de um equipamento individual chamado corpo.
Contudo o corpo tem uma composição muito densa que impede a comunicação telepática quer com Antilia quer com todos os outros antilianos que se encontram em Tanmar a fazer a sua apredizagem .
Por isso o corpo vem com um processador chamado cérebro que permite a comunição com os outros antilianos em Tanmar mas mas não consegue comunicar com Antilia. Embora reduzido na sua capacidade o cérebro está ligado a um servidor a “consciência planetária” que lhe envia um ficheiro oculto “o Karma” que contem informação sobre as aprendizagens anteriores. Este ficheiro interage com a informação que for colocada durante a aprendizagem corrente e também com ficheiros tepáticos especiais chamados de “inter-acção especifica”.
Estes ficheiros permitem uma relação de interacção especial do antiliano que chega a Tanmar com outros já residentes ou que ainda estejam para vir. Têm como base contactos efectuados antes da partida de Antilia e têm como objectivo eliminar o Karma colocado pela “consciência planetária” .
Pelo facto dos programas que gerem o cérebro só conseguirem ler os ficheiros telepáticos especiais a esmagadora maioria da informação referente a Antilha deixa de estar acessivel, pelo que não recordamos nada de antes da chegada a Tanmar. Passamos a ter de jogar com as novas características e limitações resultantes da confinação ao corpo e de estarmos num lugar tridimensional. Temos sobretudo de aprender a gerir os meios que dispomos para atingirmos os objectivos que vamos descobrindo conforme vai decorrendo a estadia em Tanmar.
Mas este percurso tem riscos que estão relacionados com outros ficheiros de controlo do cérebro que se chamam, instintos, medos e livre arbítrio, que podem provocar uma má leitura de algum ficheiro de “inter-acção específica” levando a situações limite que vão desde a não eliminação do Karma até à interrupção da aprendizagem devido à morte do corpo.
Felizmente que na maioria dos casos o tempo de aprendizagem programado é cumprido e o antiliano volta à sua ilha mais elevado em termos vibratórios .
Ao fim de algum tempo caso seja útil esse antiliano começará a preparar uma nova viagem a Tanmar e o processo continuará até que seja atingido um estadio de tal maneira elevado de evolução que dispense essas viagens.

Saudações

O Viajante

sábado, 29 de novembro de 2008

Mais uma vez a violência




Sempre que acontecem situações como a que aconteceu em Bombaim, as questões que imediatamente se colocam é quem fez, porque razão?
O facto dos indianos suspeitarem do envolvimento dos paquistaneses torna logo a situação delicada, por serem dois paises que actualmente possuem armas nucleares que se têm envolvido em vários conflitos desde 1947,altura em que ficaram independentes dos britânicos.
Depois porque a solução para a razão desses conflitos, a provincia de Caxemira, estava a ser discutida pelos governos indiano e paquistanês e fica em causa perante todas estas suspeições.
Afinal quem serão estes homens os "muajjaidin do Decão" um grupo até agora desconhecido?
A India já enfrentou ataques de extremistas no passado, inclusivé a primeira ministra Indira Gandi foi assassinada por dois elementos Siks da sua guarda pessoal . Contudo o presente ataque tem alguns aspectos que demonstram a existência de uma organização sofisticada.
Começemos com o nome do grupo “os muajjaidin do Decão”. O Planalto do Decão é uma zona do sul da India que durante muito tempo foi habitado por uma população predominantemente muçulmana que por razões religiosas depois da independência da India que se refugiou no Paquistão. Hoje em dia a comunidade muçulmana na India são cerca de 130 milhões de pessoas, assim com esta designação o grupo pretende dar a ideia de que são muçulmanos da India a lutar por uma causa, desviando a atenção do vizinho paquistão, que aliás já se demarcou desta situação, atitude que foi seguinda pelo grupo muçulmano que luta pela independência de Caxemira.
Os objectivos do ataque são na minha opinão económicos, já que foram atacados “centros de negócios “ onde se reunem empresários de todo o mundo e a própria cidade é designada como a capital económica da India; e geo-politicos já que existe vontade por parte de determinados sectores paquistaneses de islamizar a região.
O ataque demonstra treino militar, foi preciso, sincronizado e pretendeu atingir quase simultaneamente pelo menos 7 objectivos, o que põe em evidência um grau de organização e um bom sistema de comando e controlo. Um responsável das forças de segurança indianas declarou que os elementos do grupo que ocuparam um dos hoteis, aparentavam ter um conhecimento perfeito do edifício.
Se tivermos em consideração que em quatro desses objectivos foram tomados reféns, então poderemos assumir que os grupos que procuraram controlar esses locais deveriam ter um efectivo mínimo de 25 elementos o que mesmo assim é manifestamente insuficiente para controlar um hotel com 400 quartos como é o caso do Taj mahal.
Os restantes incidentes foram, na minha opinião, manobras, ou para impossibilitar uma resposta rápida e eficaz das forças de segurança indianas, ou para dar um toque de massacre a anti-semitismo, procurando ligar esta situação ao radicalismo islâmico da "alcaeda", e conseguir alguma simpatia a nível internacional. Com excepção do centro judaico, foram na minha opinião realizadas por equipas de dois ou três elementos, ou seja . poderemos estamos a falar no total de mais de cem atacantes.
Apesar da sua organização os atacantes estavam apenas armados com espingardas automáticas e granadas, não dispondo de equipamento pesado ou explosivos ,o que poderá demonstrar alguma dificuldade logística a esse nivel ou então foi uma decisão relacionada com o objectivo final da operação.
Quando olhamos para a India enquanto a maior democracia do mundo estamos a esquecer a India das casta, a India dos indus, dos muçulmanos, dos Siks. Este ataque talvez pretenda desestabilizar essa India esquecida, das diferenças e claro destruir a India potência económica emergente.
Depois temos a situação geo-política em que o Paquistão, outra democracia com muitas diferenças internas, tenta assumir o papel de potência defensora do Islão na reagião e que por isso tem apoiado os afegãos desde de sempre, primeiro na luta contra os russos e agora contra a Nato, e que pretende chamar para a "Jhad" os 130 milhões de muçulmanos da India.
Apesar de em função dos objectivos ter sido de imedito assumido que os assaltantes pretendiam atacar interesses e pessoas ocidentais, até à data dos perto de duzentos mortos apenas seis são ocidentais, veremos no fim se era esse o objectivo
O maior numero de vítimas, cerca de oitenta, morreram na estação de caminhos de ferro e são na sua maioria indianos. Por outro lado as forças de segurança reconhecem que a falta de planeamento no resgate dos reféns nos dois hoteis, poderá ter levado à morte acidental de alguns.
Daqui a alguns dias as informações serão mais extensas e poderemos ter conclusões mais precisas, mas nunca é bom para os vizinhos que hajam dois paises que se confrontem com armas nucleares. Talvez a China, como já uma vez o fez, ponha estes dois na ordem.
Saudações
O Viajante

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Não tenho palavras


De facto a América é o país das oportunidades onde tudo é possível.
Depois de como governador do estado do Texas George Bush ter mandado executar 152 de pessoas, resolveu naquele espírito que lhe é característico de cristão renascido, indultar um peru de ser morto e comido no dia de Acção de Graças, que vai ser celebrado por esta altura. A feliz ave de seu nome “Pumpkin” será a grande figura da parada do Dia de Acção de Graças da Disneyland onde ficará até ao fim dos seus dias.
Os grupos de defesa dos animais saúdam o gesto.
Direitos humanos isso é coisa para o Darfur.
(preciso rapidamente de um comprimido para o enjoo)
Saudações
O Viajante

A Idade do Espirito


Eu talvez seja a pessoa menos habilitada a falar sobre este assunto, pelo que peço perdão por qualquer incorrecção, às muitas pessoas e entidades que trabalham neste e no outro plano para a sua divulgação.
Tem tido muitas designações o tempo que se aproxima: Nova Era, Era do Aquário, Idade do Espírito, Tempo da Nova Energia, Era da Luz.
Talvez porque essa tenha sido a designação que me acompanha há mais tempo irei chamá-lo de Idade do Espírito.
Desde os anos 50 do século passado que têm surgido algumas mudanças no planeta, nos seus habitantes e na consciência planetária que de acordo com alguns especialistas começa a apresentar características “Cristicas”.
Os seres humanos começam a relembrar capacidades esquecidas, o religioso começou de novo a ocupar um espaço que no início do século tinha sido ocupado pelo laicismo e pelo cientismo.
Até a ciência e a religião estão a encontrar caminhos de entendimento e tolerância nunca vistos numa sociedade como a nossa dividida entre o Mythos e o Logos.
As sociedades secretas abrem as suas portas e em todo o planeta diversas Entidades Cósmicas, Instrutores e Mestres Ascensos, canalizam através de humanos um conjunto de informações para o novo tempo que se avizinha.
Muitas são as fontes portanto temos de usar de algum discernimento para avaliarmos a sua credibilidade. Eu sigo o princípio da sintonia ou seja quando apesar das pequenas diferenças as grandes linhas são coincidentes, eu aceito o que diz a fonte.
Como se trata de um assunto muito extenso estou a pensar faze-lo em vários capítulos que irão abordar: as profecias, os receios dos nossos cientistas, as mudanças planetárias em curso e os possíveis cenários.
Temos pela frente tempos que serão difíceis, muitos de nós terão que mudar de plano para regressarem adaptados ao novo nível vibratório do planeta, mas assistiremos com certeza à construção de uma “nova terra” que como qualquer nascimento terá as suas dores de parto.

Saudações

O Viajante

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Tudo bons rapazes



Embora a minha formação seja na área das ciências sociais, adoro relações internacionais e dou atenção a muitos programas que falam dessa área. Num dos canais da televisão estavam a falar de uma nova arma pessoal que equiparia o soldado do futuro e ao longo do documentário foram descrevendo as capacidades da arma. Por último o fabricante faz uma declaração que me deixou no mínimo espantado: “estamos a desenvolver um equipamento que vai salvar muitas vidas”.
Como é que um objecto desenhado e pensado para matar pode salvar vidas? Só na consciência triste e amargurada de quem o fabrica e que se limita a pensar em termos de empresa, grupo político ou país.
As Nações Unidas dizem que durante este Inverno em ligação directa com a crise económica vão ser ameaçados pela fome cerca de 750 milhões de pessoas em todo o mundo. Claro que ainda faltam incluir os outros milhões que com crise ou sem crise estão sempre ameaçados pela fome.
Como se sentirão os gestores financeiros gananciosos quando estiverem a celebrar o Natal com as suas famílias? Se calhar a sua consciência não os acusa de nada eles apenas cumpriram os objectivos que eram exigidos pelas suas companhias, quanto ao resto não têm nada que ver com isso.
Se um terço destas pessoas morrerem, estamos a falar de 250 milhões, ora por muito menos os Estados Unidos entram em guerra com o Iraque e Sadam Hussein foi deposto e executado.
Em 1989 uma Entidade Cósmica canalizada por um humano, entre muitas outras coisas, deixou o aviso que as instituições financeiras eram as piores organizações que existiam neste plano e que no novo milénio iriam causar muito sofrimento, pelo que devíamos evitar utilizá-las.
Pois eu sei que essa gente das armas e dos dinheiros são todos bons rapazes e que gostam de chegar a casa e sentirem que foram úteis para a sociedade, uns porque estão a contribuir para a defesa do seu país, outros que estão a contribuir para o desenvolvimento económico. Mas nestes negócios como noutros quaisquer, o interesse geral tem de sobrepor-se ao individual. Mercado sem regras é coisa que só existe nas mentes deturpadas de alguns indivíduos que depois do desastre se limitam a assobiar para o lado.
Mas a contabilidade Cósmica é infalível e como diz o nosso povo “cá se fazem cá se pagam”
Saudações
O Viajante

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Ilha de Saturno


A Berlenga ou Berlenga Grande é a maior ilha do arquipélago das Berlengas, situado a algumas milhas da costa de Peniche. Ilha do Sonho ou de Saturno, já viu desembarcar vikings, mouros, espanhóis e corsários franceses e ingleses.
Por último os portugueses depois de uma reportagem da televisão em 1980, praticamente “invadiram-na” ao ponto de para sua salvaguarda ter sido declarada como reserva natural.
Nos anos setenta não era assim, apenas um pequeno barco a fazer carreiras diárias durante os três meses de Verão e na Primavera, altura em que a ilha ficava cheia de cor, apenas alguns privilegiados com barco próprio a podiam visitar.
Era possível acampar algum tempo, gozar das suas boas praias e sobretudo da sensação de estarmos num mundo diferente.
Como costumávamos dizer era uma ilha onde nos deitávamos ao som das pardelas e acordávamos ao som das gaivotas.
Havia um sentimento de comunidade e de entreajuda, na divisão dos mantimentos e no apoio aos que chegavam sem qualquer equipamento, julgando que lá existissem instalações turísticas para se abrigarem ou comerciais para comprarem o que necessitassem.
Mas este meu post é o reflexo do post colocado pela amiga Salamandra sobre os “feitiços da Lua”. Depois de o ler lembrei-me de uma noite maravilhosa, passada na Berlenga, com uma Lua enorme, transformando o mar em prata com laivos dourados da luz do farol, tudo isto acompanhado por um solo de flauta peruana lá em baixo junto à praia, que transportou a todos os que assistiram para outro planeta.
A “Deusa” dominou-nos completamente e desde aí as noites na ilha ficaram diferentes.
Hoje noutra ilha ainda sinto as noites de Lua como noites diferentes.

Saudações

O viajante

sábado, 22 de novembro de 2008

As mulheres e os homens



Tal como as naturezas do ser humano, homens e mulheres são complementares, logo por muito que queiramos nunca serão iguais.
Ás características físicas, bioquímicas e comportamentais que definem os dois géneros não se mantiveram imutáveis ao longo da evolução da espécie. Para além das primordiais relacionadas com a sobrevivência e reprodução, outras foram surgindo associadas a necessidades específicas ou aos modelos de integração social, algumas delas provocando até mutações que atribuiram capacidades diversas aos dois sexos.
Orientado para a defesa e alimentação do grupo, o homem exercia as suas actividades em equipa, com comando único, estabelecendo estratégias para derrotar adversários superiores em número ou em tamanho. Esta função dotou-o de grande força muscular e desenvolveu-lhe capacidade de trabalhar em equipa, o pensamento estratégico, a capacidade de orientação e mais tarde, depois da sedentarização, a manufactura de artefactos e ferramentas.
No grupo social à mulher era atribuida a procriação e protecção dos filhos e mais tarde, após a sedentarização, a agricultura e os trabalhos domésticos.
O facto de terem de trabalhar sózinhas protegendo os filhos, normalmente em grande número, dotou-as da capacidade para desenvolverem várias tarefas em simultaneo. Por outro lado como tinham de executar essa função em abrigos mal iluminados desenvolveram uma maior acuidade visual, uma maior percepção das cores e dos detalhes e um ângulo de visão lateral maior.
Claro que estamos a falar dos primordios porque até ao presente muitas mudanças socio culturais formataram um conjunto de características que podemos dizer que são femininas e outras que poderemos classificar como masculinas. Contudo hoje parece-me que apesar de podermos classificar esta ou aquela caracteristica como feminina ou masculina já não é tão seguro afirmar que seja exclusiva das mulheres ou dos homens.
A prova disso é que até alguns anos as forças armadas eram um território masculino e na actualidade existem bastantes mulheres, que por opção escolheram ser militares, recebendo formação específica, trabalhando em equipa, comandando, definindo estratégicas e até enfrentado situações de combate.
Por outro lado também existem homens que ”invadem” um espaço inicialmente exclusivo das mulheres como por exemplo na costura e na decoração, e são costureiros e decoradores de renome, revelando uma sensibilidades para as cores e para os detalhes.
Hoje em dia talvez os sexos se definam cada vez mais pelo seu lado fisico e bioquimico porque com a alteração dos papéis em termos sociais as caracteristicas comportamentais deixam de ser inerentes a um ou a outro.
Ainda bem agora já posso chorar !!!



Saudações


O Viajante

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Teoria da Conspiração


No outro dia assisti à recepção da senhora ministra da educação numa escola do norte e pensei: que desperdício, com a crise económica em que vivemos e os miúdos atiram ovos à ministra.
Contudo mais tarde estive a pensar que esta atitude dos nossos governantes de, apesar das manifestações de protesto, continuarem a manter as políticas que idealizaram para resolver os problemas do país, tem talvez uma razão mais profunda, que inicialmente não me tinha ocorrido.
O nosso primeiro deve ter engendrado uma fórmula para matar dois coelhos duma “cajadada”, continuando por um lado a levar a cabo as suas reformas e por outro a lutar também contra a crise. O apoio à indústria poderia ser problemático porque praticamente nada produz para o mercado nacional. Apoiar o comércio seriam na maioria lojas chinesas e os produtos poderiam ter alguns químicos que fizessem mal à saúde. Resolveu virar-se para a agricultura e então pensou em ajudar primeiro os avicultores que estiveram em crise por causa da "gripe das aves" e como era chato a ministra ser atacada a frango, os jovens estudantes, induzidos através de mensagens misteriosas de telemóvel, compraram ovos e fartaram-se de “ovoacionar” a ministra. Tanto quanto pude apurar os produtores de tomates já se perfilam para serem os próximos beneficiados numa das visitas do ministro Pinho às minas de Aljustrel, depois das negociações falharem.
Claro que os produtores de melões já protestaram porque a sua fruta não será com certeza incluída neste quadro de apoio extraordinário à agricultura, na luta contra a crise.
Saudações
O Viajante

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Homem ser dual


Até na definição antropológica o ser humano é um ser dual. Dizemos que o ser humano é animal e racional. Ou seja, nós somos instintos e razão, yin e yiang, bons e maus.
Quando olho para estas duas naturezas a primeira coisa que sinto é complementaridade e não oposição.
Se a “Iluminação” enquanto estado elevado de consciência, segue a regra universal do equilíbrio e considerando que este estado é acessível aos humanos, então as duas naturezas têm de estar presentes sob pena de nunca o atingirmos.
Assim talvez o caminho que nos leva ao Uno não passe pela elevação do lado bom e a pela repressão do lado “mau”.
Vejamos por exemplo uma reunião de um grupo em que um dos elementos, um orador eloquente e até por vezes agressivo, que defende intensamente as suas ideias, pretende que a sua moção seja aprovada pelos outros, porque acha que a sua ideia seria a mais correcta. Ao fim de uma discussão acalorada de várias horas, ao ver que a sua proposta não foi aceite, o sujeito vira a mesa e tenta agredir um dos colegas.
A mesma reunião com os mesmos elementos, contudo no fim, o mesmo sujeito aceita a moção que foi aprovada e dispõe-se a trabalhar na sua execução.
A agressividade necessária à dinamização da reunião e o amor na defesa da sua ideia estão presentes nos dois casos só que no último a pessoa em questão temperou os outros dois aspectos com a tolerância que o levou a aceitar a ideia de outra pessoa como válida. Ele deixou de ser teimoso e violento e passou a ser dinâmico e produtivo.
O nosso caminho no sentido da iluminação tem que passar pelo equilíbrio das nossas baixas vibrações com as altas. E temos que ter consciência que mesmo um dia seres etéreos, poderemos ter baixas vibrações, que poderão influênciar os humanos mais vulneráveis e que são o principal obstáculo a que tanto nós como eles possamos olhar a Luz.

Saudações


O Viajante

sábado, 15 de novembro de 2008

Pessoa e a Vida


Hoje gostaria de partilhar convosco um poema de Fernando Pessoa, acerca da vida enquanto caminho da nossa evolução, que me foi enviado pela pessoa que eu amo.


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,

mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.

E que posso evitar que ela vá a falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.

É saber falar de si mesmo.

É ter coragem para ouvir um 'não'.

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo


(Fernando Pessoa)
Saudações
O Viajante

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Um Deus com dupla personalidade?




Existem diferenças fundamentais entre o Deus do antigo testamento e o Deus de que nos fala o Sr. Jesus.
De acordo com o que está escrito o Deus do Antigo Testamento é o Deus do “olho por olho dente por dente” que lançou sobre a “terra” o dilúvio do qual se salvou apenas Noé e a sua descendência, arrasou Sodoma e Gomorra apesar dos pedidos de Abraão, fazendo chover sobre elas enxofre. Lançou pragas sobre o Egipto, matou todos os primogénitos dos egípcios e destruiu o seu exército para que os israelitas pudessem sair daquele país. Mas como eles construíram um ídolo e afastaram-se Dele castigou-os fazendo-os vaguear pelo deserto durante quarenta anos até atingirem a “terra prometida” e depois de todo o trabalho realizado em Seu nome só permite a Moisés que a veja de longe.
O Deus de Jesus é o oposto, é o “Pai nosso que está no céu” que nos ama e que veio introduzir nas tábuas da Lei um mandamento novo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amo”, inclusive os inimigos, é o Deus do perdão da bondade da segunda oportunidade. Colocou-se claramente contra muitas das leis religiosas e sociais vigentes e falou através de Jesus de coisas que eram absolutamente revolucionárias para a época.
Considerando que Deus é criador e portanto pre-existente aos homens ficamos com a ideia que ele evoluiu de Deus dos Exércitos para Deus do Amor o que será inconsequente já que Deus “é” logo sempre perfeito e imutável.
Podemos também pensar que ele agiu de maneira diferente porque o “coração dos homens era mais duro” e como tal as leis teriam ser mais duras. Mas mesmo duro ele teria de ser justo e tolerante o que continua a ser incompatível com o discurso se não és por mim estás condenado, ou com as destruições em massa.
Também está escrito que Deus se arrependeu do dilúvio que lançou sobre a terra como se tivesse cometido um excesso ou um erro. Outra situação inconsequente já que como perfeito que é não erra.
Poderá também ter acontecido que os homens tenham criado uma imagem de Deus que legitimasse as suas leis punindo com a destruição os pecadores que não as cumprissem.
Ou então os escritos que chegaram até nós apresentam episódios ocorridos em circunstâncias especiais, como as pragas do Egipto, a destruição do exercito do faraó, a destruição de cidades, a exterminação de milhares de pessoas, que são entendidos como acontecimentos de origem divina, quando talvez tivessem resultado de acidentes naturais, ficcionados pela tradição.
Mas o mais interessante é que apesar da dureza do coração dos homens há dois mil anos ser ainda muita, surgiu através de Jesus o Deus do Amor, que não pretendia legitimar as leis dos homens antes pretendia mudá-las. Talvez tenha vindo repor a verdade dos factos e limpar a imagem do Deus punitivo do antigamente
O meu Deus é claramente este.
Saudações
O Viajante

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Em nome de Deus


Mais uma cena lamentável de intolerância religiosa aconteceu num lugar que devia ser um lugar santo. Na igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém duas confissões religiosas cristãs envolveram-se em agressões físicas, porque ambas pretendiam usar aquele templo para a realização dos seus rituais, templo esse partilhado desde sempre, até agora sem problemas.
No século 11 ao apelo do Papa, em nome de Deus e sobre o pretexto de protegerem os lugares santos, os cristãos partiram em cruzada para a palestina.
A primeira prova que demos de amor pelos outros e de respeito pelos lugares santos foi a conquista de Jerusalém, que foi pilhada, e a execução de todos os que se encontravam dentro da cidade. Depois disso matamos, pilhámos, roubámos durante mais de um século até que Saladino nos mandou de volta para casa. Contudo esta saga ainda continuou até ao século 16 tanto na Palestina como na Europa com a contra-reforma e a tão falada Inquisição.
Dois mil anos depois ainda se mata em nome de Deus. Mata-se indiscriminadamente na indonésia, na Argélia no Paquistão no Iraque. Homens mulheres e crianças muçulmanos inocentes, que apenas gostariam de viver e amar o seu Deus, são diariamente mortos pelos seus irmãos de credo, que os deviam amar e proteger, a pretexto de uma luta que não passa de uma tomada do poder como qualquer politico agnóstico faria.
Como não existem guerras justas também não existem assassínios em nome do estado ou em nome de Deus. Existem apenas assassinos, pessoas sem espírito que tentam acalmar a sua consciência, arranjando uma razão que justifique a vontade que têm de tirar a vida dos outros e homens sedentos de poder pessoal que os doutrinam, controlam e instigam a fazer isso.
Esquecem-se os cristãos do mandamento “não mataras” e os muçulmanos também se esquecem de que a “Gihad” é feita na defesa da fé e nunca contra homens desarmados, mulheres e crianças, muito menos muçulmanos?
Contudo em acredito que a verdade tal como o azeite virá ao de cima e os que cumprirem o que Deus manda serão recebidos na luz, porque está escrito que não é o que bate no peito e diz Senhor Senhor! que entrará no Reino dos Céus, mas aquele que ouve a palavra e a põe em prática.
Saudações
O Viajante

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O pecado e a virtude






O pecado e a virtude são duas palavras muito utilizadas no léxico judaico-cristão. Embora opostos e portanto equivalentes de sinal contrário a sua massa crítica é fundamentalmente diferente. Virtude é um estado resultante de um conjunto de acções tidas e sentidas como boas. Pecado pode ser estado mas normalmente é visto como acto praticado não conforme com o bem.
Para podermos avaliar as situações decorrentes da utilização destes termos importa pois definir o que é o bem e o que é o mal.
Embora todos os grupos humanos mesmo civilizacionalmente diferentes, tenham princípios definitórios do bem e do mal idênticos existem algumas diferenças que muitas vezes estão ligadas a situações sócio culturais.
A noção de casamento monogâmico e fidelidade conjugal defendida pelas correntes cristãs como a atitude correcta em contraposição ao adultério, difere da muçulmana em que é permitido ao homem ter até quatro esposas e como tal esse pecado deixa de ter sentido.
Enquanto que a caridade para com os pobres é um acto virtuoso para muitas confissões religiosas, para os hindus organizados por castas não é permitido contactar de qualquer maneira e muito menos ajudar os chamados “intocáveis”. Será que perante Deus o pecado e a virtude dependem do facto de ser cristão, muçulmano ou hindu?
Ao que parece, mais do que uma definição universal quase transcendental de pecado e da virtude, torna-se necessário que o actor tenha consciência da maldade ou bondade do acto que pratica.
Mas sendo assim, se eu, porque tenho problemas mentais, cometo um crime, e não tenho consciência desse acto, perante Deus não pequei, ainda que tivesse assassinado alguém.
Contudo se a tomada de consciência é condição necessária, então só poderemos responder pelos nossos actos conscientes e como tal o tradicional “pecado original” praticado por Adão e Eva não será mais do que isso, algo de muito original.




Saudações






O Viajante

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Forças Armadas debaixo de fogo



Ao fim de quase cem anos e com pelo menos 15 anos de guerra, treze dos quais em três frentes, as Forças Armadas Portuguesas, ainda “imbuídas de grande espírito de sacrifício” continuam a ser enviadas, tal como em 1916, para cenários de guerra, sem o equipamento adequado, porque os nossos políticos, tal como dantes, estão em biquinhos de pés para aparecerem na cena internacional.
Enviámos pessoal para Timor e fomos comprar à pressa uns quantos humvees que estavam preparados para a guerra no deserto e não para o clima tropical.
Depois no Afeganistão os nossos “Comandos” utilizaram, enquanto as que tinham vindo de Timor eram reforçadas, viaturas idênticas aos humvee contruidas em Espanha, tendo sido numa dessas viaturas que tivemos as nossas únicas baixas devido ao rebentamento de uma mina.
Foi-se ao cumulo de enviar elementos da GNR para o Iraque que no ínicio usaram vituras não blindadas emprestadas pelos italianos, até que receberam as que tinham sido adquiridas pelo estado português.
Não sei o que diz a lei da programação militar, mas a percepção do comum dos cidadãos é que a marinha não tem barcos para fazer a busca e salvamento, quanto mais para fiscalizar aquilo a que pomposamente chamamos a nossa zona económica exclusiva, que está completamente a saque pelas frotas estrangeiras que destroem os nossos recursos.
Que estamos a melhorar os nossos aviões F16 para depois os vendermos, e ficarmos com os que não estão melhorados.
Que os patrulhas oceânicos de que a nossa marinha necessitava há dez anos estão desde 2005 a enferrujar na doca dos estaleiros de Viana do Castelo.
Que os novos helicópteros “Merlin” não traziam sobressalentes o que levou que ao fim de alguns meses só um terço dos existentes estivessem a funcionar, obrigando a Força Aérea a reactivar os “Pumas”.
Que o orçamento da defesa nacional tem um “buraco” de 100 milhões que segundo algumas fontes se deve ao facto do Ministério das Finanças sub-orçamentar deliberadamente para controlar as despesas dos militares.
Para além de tudo isto agora temos o novo capítulo: o ataque aos “privilégios” dos militares. Na tentativa de nivelar tudo por baixo o governo acha que de facto eles não passam de funcionários públicos.
Existe já um certo mal-estar mesmo das chefias militares e até de alguns políticos que ainda se lembram do papel que os militares tiveram na situação política actual.
Por fim vem o Ministro dos Negócios Estrangeiros a público dizer que se a Nato precisar de mais militares portugueses que o governo está disponível.
Mas afinal que querem os nossos responsáveis? Continuarem a usar as Forças Armadas como instrumento de política externa e de prestígio a nível internacional, sem quase investirem um euro. A sua postura em relação aos militares vai ter de mudar, não bastam espectáculos televisivos de partidas e regressos, não bastam homenagens ao mortos, importa dar a estes portugueses que optaram por servir o país mais dignidade.
Parece que de 1916 para cá nada mudou e que os políticos só entendem os militares quando eles estão de armas na mão, assim foi em 1917 com Sidónio Pais, 1928, com Gomes da Costa e em 1974 com o “Movimento dos Capitães”. Talvez não acreditem mas a história é cíclica e o maior erro é pensar que ela não se repete.


Saudações


O Viajante

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

I Have A Dream (Martin Luther King)



E pronto o Barak Obama ganhou, fez-se história, na América tudo é possível, blá blá blá. Assisti a esta torrente de imagens e comentários que nos entrou por casa dentro. Acho que se os portugueses votassem para eleger o presidente dos Estados Unidos a abstenção teria sido menor.
Acredito que ele tente mudar as coisas no seu país, acredito sobretudo que ele tem vontade de fazer isso, mas quanto à politica externa não me posso esquecer que ele é o Presidente dos Estados Unidos e nunca irá pôr em causa os interesses dos seu país, o que diga-se de passagem é absolutamente legítimo.
O homem quer fechar Guantanamo, falar com os iranianos, sair do Iraque, aumentar a presença militar no Afganistão, criar um fundo para acabar com a pobreza a nível mundial, tomar medidas sérias na protecção do ambiente, criar um sistema de saúde que seja universal, legalizar os emigrantes, diminuir os impostos dos mais idosos, dar aos estados a hipótese de legalizarem, se assim o entenderem, casamentos homossexuais, dar mais financiamento aos estudos sobre a utilização de células estaminais e regulamentar as actividades financeiras.
É de facto uma mudança ambiciosa e apesar de eu acreditar que a América não mudou assim tanto só porque elegeu um presidente afro-americano chamado Barak Hussain Obama, dou o benefício da dúvida a mais este homem que tem um sonho. Espero que ele consiga e que de facto a América tenha mudado e as pessoas não morram só por terem sonhos
Boa sorte Presidente Obama
Saudações
O Viajante

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Os bombeiros nunca chegam a tempo











Ao fim de 25 anos de serviço nos Bombeiros e centenas de intervenções só me recordo de duas situações em que a pessoa que pediu o socorro disse à nossa chegada que tínhamos vindo rapidamente.
Eu sei que para quem tem um familiar em risco e aguarda durante dez ou quinze minutos por uma ambulância ou quem tem a sua casa em chamas e aguarda durante vinte minutos a chegada de uma viatura de incêndio, parece uma eternidade. Por isso temos de ter presença de espírito para ouvir as críticas e entender o desespero das pessoas.
Claro que os elementos dos bombeiros também têm as suas características de personalidade que podem, por falta de experiência ou até algum nervosismo, provocar conflitos, que numa situação de sinistro são de todo de evitar.
José Alexandre, mais conhecido pelo “Zé Barra” praticamente “nasceu” nos bombeiros. Bombeiro de segunda geração filho de outro José Alexandre que foi para mim uma referência quando entrei para os bombeiros em 1977. Tal como o seu pai o “Zé Barra” dizia o que pensava e punha por vezes muita emoção nas discussões especialmente sobre bombeiros, dava a ideia que “fervia em pouca água”.
Um dia de madrugada a sirene tocou, era um incêndio na vila de Ferrel uma localidade do nosso concelho.
A situação era complicada, um incêndio numa garagem na parte debaixo da casa impedia uma senhora grávida e duas crianças que se encontram no primeiro piso, de sair do edifício.
O Zé saiu a chefiar a primeira viatura e ao que parece quando chegou ao local o dono da casa, que se encontrava no exterior, chamou-lhe a ele e à guarnição todos os nomes de que se lembrou porque tinham demorado muito tempo a chegar.
Aí o Zé superou-se, manteve a calma e agiu como bom operacional que era. Avaliou a situação e de imediato com a sua guarnição procedeu ao salvamento das pessoas e à extinção do incêndio, não dando sequer atenção aos insultos. Quando cheguei ao local a situação estava praticamente resolvida.
Nesse dia à tarde o dono da casa foi ao quartel pedir desculpa e o Zé disse-lhe que não tinha que pedir desculpa que compreendia que ele estava numa situação difícil daí ter dito tudo aquilo.
Boa Zé nesse dia, se eu ainda alguma dúvida tivesse, convenceste-me que a herança do José Alexandre pai estava bem entregue.

Um abraço


Saudações

O Viajante

domingo, 2 de novembro de 2008

Arte o alfa e o omega


Segundo a minha colega Teresa, especialista na área, uma das caracteristicas da arte é desafiar os limites, desmontar fronteiras ou seja à arte tudo é permitido pôr em causa.
Existem contudo duas questões que me preocupam:
Quem define o que é arte e quem define quem é artista?
Serão por acaso os críticos de arte ou a rede comercial constituida pelas galerias que publicitam os autores e vendem as obras que definem o que é arte e quem é artista?
Se um critico bem conceituado fizer uma critica positiva a uma determinada obra é uma caminho garantido para que o autor possa ter sucesso.
Se determinada galeria patrocinar uma exposição de obras de um autor isso leva ao seu reconhecimento publico e à entrada no circuito comercial.
Será o público? Se for o público que número de pessoas será relevante para atribuir esse estatuto?
Arrisco portanto a dizer que artista não é o que pinta ou esculpe bem mas o que é reconhecido e para isso existem todo um conjunto de esquemas de marketing que vão de alguma forma influênciar o juizo de valor que as pessoas fazem dele.
Nero para se inspirar na composição das suas canções largou fogo a Roma, considerava-se um artista. Hitler apreciador de arte, que “adquiriu” por toda a Europa, tinha ambições de transformar Berlim numa cidade diferente, destruiu bairros inteiros mudou milhares de pessoas para construir a capital à sua imagem , não sei se se considerava um artista mas com certeza que os críticos de arte alemães da época o consideravam .
Á tempos numa galeria houve um “artista” que manteve um cão preso até morrer à fome, parece que era uma obra de arte.
Assim o estatuto de artista atribuido por não sei quem e talvez nem sempre pelas razões correctas colocam nas mãos de um homem um poder que nem os ditadores mais empernidos têm, com a agravante de que aparentemente não tem de responder por ele.
Eu sei que porque criam gostariam de ser deuses mas não passam de reflexos da centelha divina que existe em todos nós. Humildade para reconhecer que o seu dom criativo é ao mesmo tempo algo de maravilhoso mas tambem uma missão e temperar isso com bom senso, será a receita ideal para deixar de por em causa tudo apenas pelo prazer de derrubar, porque nem tudo o que é novo se constroi sobre as ruinas do que é antigo.
Saudações