quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tudo na mesma


Em Fevereiro 2008 a DECO vinha a público apresentar um estudo sobre os “spots” publicitários de alguns bancos que apurava que estas entidades apostavam em produtos e designações que sugeriam “remunerações aliciantes”, mas a maioria manipulava os números “vendendo” a uma taxa que não correspondia à taxa real.
A DECO esperava a intervenção das entidades competentes nomeadamente o Banco de Portugal, a Direcção Geral do Consumidor e o Instituto de Seguros de Portugal, na fiscalização das regras para este tipo de produtos, que considerava claramente como um caso de publicidade enganosa.
Em Junho de 2008 novo estudo da DECO chegava à conclusão que “a publicidade do crédito ao consumo procurava camuflar os verdadeiros custos do empréstimo, com as instituições financeiras a destacar a facilidade da contratação”. De acordo com aquela entidade, algumas instituições de crédito não se preocupavam em cumprir a lei e não indicavam a taxa anual de encargos efectiva global (TAEG) que iria permitir comparar propostas de crédito de outras instituições.
Em Julho 2008 a Procuradoria-Geral da República considerou abusiva a cláusula dos arredondamentos e decidiu avançar com acções contra os bancos.
Em Agosto 2008 o Governo proibiu os bancos de procederem a arredondamentos abusivos das taxas de juro nos créditos à habitação.
Outubro de 2008 a DECO depois de um estudo efectuado em 331 agências de 16 instituições bancárias concluiu que os bancos “não dão informação geral obrigatória sobre tipos de empréstimos, garantias e opções de reembolso, entre outras, numa fase inicial da negociação", como deveriam fazer de acordo com a lei e instruções emanadas do Banco de Portugal.
Ao fim de um ano de telenovela, depois da bronca doméstica do BCP, do desastre de Wall Street e do aval do estado onde anda o Dr. Constâncio? Quando vamos chamar à responsabilidade esses senhores que deveriam supostamente vigiar e fiscalizar o sistema?

Saudações

O Viajante

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A mágica das rupturas sociais.


As rupturas sociais são situações dramáticas que acontecem na ordem social dos grupos humanos, que de uma forma radical colocam em causa o “status quo”, criando novos quadros de valores e definindo novas formas de relacionamento.
Apesar dos problemas sociais que provocam, estas mudanças bruscas têm algo de mágico já que fazem desaparecer umas coisas e surgir outras.
Quando a Alemanha se rendeu no fim da segunda guerra os nazis tinha desaparecido todos só existiam anti-nazis. Em Itália com a morte de Mussolini dum momento para o outro o país ficou sem fascistas. Em Portugal no dia 26 de Abril de 74 surgiram quase 10 milhões de democratas.
Com a crise financeira então a mágica tem sido mais apurada. Os lucros fabulosos das instituições financeiras como que por encanto desapareceram, com eles foram os neo-liberais. Os responsáveis dos governos passaram todos a intervencionistas e por último os bancos já não têm accionistas só clientes.
Como diz o povo: “cantam bem mas não me alegram”. Quem ouviu a conversa dos gestores dos principais bancos nacionais no último “Prós e contras”, até parecia que estávamos a falar de organizações de solidariedade social. Lá foram os senhores administradores, ainda com os mesmos ordenados milionários de antes da crise, dizendo que os bancos estavam bem, que o aval do estado era apenas uma segurança para as transacções com os outros bancos, mas que em principio talvez não fosse necessária a utilização daquela garantia. Passadas duas semanas alguns desses senhores já colocam a hipótese de utilizar até 90% da garantia dada pelo estado português.
Será que os bancos vão pagar pela utilização do aval do estado o mesmo que eu enquanto cidadão pago por uma garantia bancária?
Depois vieram com a conversa dos depositantes, dos clientes num “mamar doce” que na prática se traduz em perfeitas “mafiosisses” para extorquir o máximo.
Como a que aconteceu com um colega meu que estava a construir um edifício e como não conseguiu utilizar todo o capital que tinha solicitado dentro do período estipulado, foi ao “seu” banco, e quando digo seu estou a falar do banco onde sempre foi cliente, onde tem os seus depósitos, através do qual tem feito os seus negócios, e solicitou uma prorrogação. Qual não foi o seu espanto quando reparou que a autorização vinha com um aumento de “spred” de 100%. Como tinha capital prontificou-se de imediato a pagar a parte já utilizada e a finalizar ali o contrato de financiamento o que fez recuar os responsáveis do banco.
Isto aconteceu com alguém com capacidades de reagir se fosse outra pessoa sem capital próprio teria de continuar o empréstimo, ou não concluía a obra, mesmo com o “spred” 100% mais caro.
São estes senhores que têm duas horas e meia de tempo de antena em horário nobre na televisão que todos nós pagamos, têm um aval do estado com o nosso dinheiro para aumentarem os seus lucros ao passo que o comum dos cidadãos que nem dinheiro tem para pagar a casa, não têm voz nem aval.


Saudações

O Viajante

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Os autarcas e as infra-estruturas


Como dizia Mário Soares cada país tem os políticos que merece. Se essa máxima é válida para um país mais válida é ainda para uma autarquia.
Os nossos autarcas sabem que os cidadãos os vão avaliar nas urnas pela obra feita mas nem toda a obra vale os mesmo votos.
Reparar arruamentos, arranjar jardins, criar zonas de laser, construir equipamentos culturais e desportivos, apoiar instituições, festas e outros eventos populares são as acções autárquicas que maiores dividendos obtêm no acto eleitoral.
Talvez seja por isso que os responsáveis da administração local têm tão pouco interesse em investir nas infra-estruturas, nomeadamente na distribuição de água e nos sistemas de esgotos.
Em muitos municípios quando os responsáveis resolveram investir por exemplo numa barragem que iria garantir água durante todo ano, ou montar uma estação de tratamento de esgotos que iriam proteger o ambiente, não foram reeleitos para o mandato seguinte.
De facto a construção deste tipo de infra-estruturas altera a rotina das populações, corta estradas, abre buracos e então se for no inverno com a chuva é o caos total.
Depois de todas estas chatices, tudo o que foi feito fica escondido debaixo do chão e os autarcas deixaram de ter dinheiro para todas aquelas obras que de facto dão votos.
Quanto aos cidadãos já se esqueceram dos meses de verão com dias seguidos sem água ou da fossa no quintal com o seu cheiro característico só se lembram dos problemas das obras e do pavimento da sua rua que não foi reparado, do jardim do largo votado ao abandono, ou ainda de não ter havido verba para a costumeira festa do S. Martinho.
Daí que autarca que se queira manter não pode ter esta atitude suicidária e estará sempre à espera que antes dele surja um tolo idealista qualquer que se preocupe de facto com as pessoas, que veja para além dos quatro anos e que deixe um legado, que ele irá usufruir e utilizar a seu favor.
Como dizia Churchil a democracia é um mau sistema mas dos maus é o menos mau. Contudo eu acho que o problema não reside no sistema mas nos objectivos dos seus agentes. Se a ideia fosse servir esta questão das obras e dos votos nunca se colocaria.

Saudações

O Viajante

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Nicolas o galã




Ao que parece a Chanceler Angela Merkel fez saber ao ministério dos negócios estrangeiros francês, que não gosta das atitudes excessivamente carinhosas do seu homónimo francês, Presidente Nicolas Sarkosy.
De acordo com a mesma fonte a governante alemã prefere um aperto de mão e gostaria de evitar os beijos e a mão no ombro por parte do afectuoso presidente francês.
Este por seu lado defende-se com a sua personalidade e com o facto de todas essas manifestações serem apenas fruto do grande respeito e admiração que nutre pela sua colega.
Claro que esta situação foi de imediato desmentida pelos dois lados, contudo especialistas dizem que a rígida educação protestante da chanceler a leva a manter alguma distância nas relações sociais que se deviam, na sua opinião, limitar a um olhar ou no máximo a um aperto de mão.
Ao que parece a Primeira-dama da França não está nada preocupada com a situação.
Também era melhor, digo eu.
Saudações
O Viajante

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Quem tem medo de Sara Palin







Como diz o povo “pelo andar da carruagem vê-se quem vai lá dentro”, é esse o caso da candidata do Partido Republicano dos Estados Unidos a Vice-Presidente, a Sra. Sara Palin que tem um não sei quê que não se vê cá de fora mas que temo, quando se revelar, só nos fará ir embora (para outro planeta claro!).
Defensora da vida contra o aborto mas também da pena de morte e do direito a usar armas, considera que a educação sexual nas escolas deve ser dada no sentido de levar os jovens à abstinência sexual, mas não do álcool uma vez que enquanto mayor decretou o alargamento do horário de funcionamento dos bares da sua cidade.
Defensora da exploração petrolífera mesmo dentro da reserva ANWR (Artic National Wildlif Refuge), acha que isso do aquecimento global ser resultado da actuação humana “ainda “não está provado e também não está de sobre maneira interessada nos ursos polares nem nas belugas.
Defende a Teoria Criacionista porque é assim que vem na bíblia e como dizia um cómico americano olha para os Flinstones como se fosse um documentário.
Acha também que existem livros que não devem estar disponíveis nas bibliotecas públicas.
Mas o que me chocou mais foi a facilidade com que ela colocou a hipótese de uma guerra com a Rússia.
E lamentavelmente ela pensa como algumas dezenas de milhões de americanos talvez porque nunca viram as suas cidades destruídas como alemães, ingleses, japoneses e outros povos do mundo, têm a percepção da guerra como uma coisa distante, que se pode ver na televisão em directo como qualquer filme. Claro que as suas tropas combatem claro que os seus familiares morrem mas as suas mulheres e crianças e as suas casas e infra-estruturas estão protegidas.
Talvez a Sra. Palin pense que uma guerra com a Rússia seria na Europa e que os Estados Unidos enviariam pessoal e equipamento para a travar, que os mísseis seriam só dos Estados Unidos e que a Rússia seria rapidamente derrotada pela superioridade tecnológica dos americanos.
Quando vemos o que esta crise financeira provocou na economia mundial e nos circuitos de mercado, eu pergunto o que aconteceria se houvesse um conflito militar com a Rússia?
Esta estreiteza de pensamento conjugada com os outros princípios, alguns deles de um fundamentalismo impróprio num país que se define como campeão da democracia, causam-me alguns arrepios especialmente quando penso que a ser eleita vice-presidente, aquela senhora pode facilmente vir a ser um dia presidente da nação mais poderosa do mundo.
Se isso acontecer que Deus nos ajude!


Saudações


O Viajante

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A Campanha para a presidência está de "parada e resposta”.








Como diria certo humorista a língua portuguesa é muito traiçoeira mas também muito rica permitindo através de múltiplos trocadilhos criar códigos que alteram a interpretação normal de determinadas palavras dando-lhe uma pontinha de humor. É o caso deste “post” ao qual dei o título:” A Campanha para a presidência está de parada e resposta”.
A imagem do Obama chegou-me pela net a do McCain foi construída com uma frase de resposta pensada pelo Rui, um homem de contas e de contos, um desses portugueses que gosta de temperar a realidade com as cores alegres do humor.

Saudações


O Viajante

terça-feira, 14 de outubro de 2008

"Não tenhais medo!"






Recebi um e-mail de uma amiga com uma imagem muito bonita de Nossa Senhora que vinha com o seguinte texto anexado:
"O Presidente da Argentina recebeu esta imagem e a chamou de "lixo electrónico". 8 dias mais tarde seu filho faleceu. Um homem recebeu esta imagem e imediatamente enviou cópias... sua surpresa foi ganhar na lotaria. Alberto Martinez recebeu esta imagem, deu-a a sua secretária para fazer cópias, mas eles esqueceram de distribuí-las: ela perdeu o emprego e ele perdeu a família. Esta imagem é milagrosa e sagrada, não esqueça de enviá-la dentro de 13 dias a pelo menos 10 pessoas. Não esqueça e você receberá uma grande surpresa!"
Eu não sei quais as razões que levam alguém fazer um e-mail deste tipo mas tenho muitas dúvidas que tenha algum fim religioso.
Que mãe seria a nossa Mãe do Céu se nos punisse com o desaparecimento de entes queridos ou com a diminuição drástica das nossas condições de vida, pelo simples facto de não reencaminharmos este e-mail para mais umas quantas pessoas?
Ter fé é um acto livre incompatível com ameaças. Eu respeito e amo todos os seres de luz que nos ajudam por todo o universo não porque tenho medo deles mas porque acredito que, tal como nós a eles, todos eles nos respeitam e nos amam mesmo aos mais “pequenos”, a prova cabal desse respeito e desse amor foi o sacrifício feito por nós pelo Senhor Jesus.
Acho que a manutenção do “não faças isso senão Deus castiga”, ou “não faças aquilo senão vais para o inferno” talvez seja interessante para determinadas mentes que julgam poder controlar pelo medo a nossa ligação com Deus impondo a sua visão da evolução espiritual como uma espécie de anúncio ao melhor detergente: “o nosso é o único, o melhor, o que lava mais branco”.
Acordem gente estamos no século XXI a “ Idade do Espírito”, e como dizia Joaquim de Fiore: "Será a idade da graça redentora, não haverá necessidade de leis ou instituições disciplinadoras da fé, já que esta será universal e baseada directamente na inspiração divina, pelo que poderão ser dispensadas as estruturas institucionais do poder temporal da Igreja. Qualquer plebeu será Imperador, já que a sabedoria divina a todos iluminará igualmente, ou seja todos beneficiarão de uma "inteligência espiritual" capaz de permitir a plena compreensão dos divinos mistérios do Espírito deixado pelo Senhor Jesus para todos sem distinção.”
PS: Para quem não sabe, o que parece ser o caso do autor inicial deste e-mail, esta é Nª Sra. de Guadalupe Padroeira das Américas e pode ser venerada na cidade do México.
Saudações

O viajante

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

“Tudo como dantes e nós a pagantes”



Tornei a ser surpreendido por uma nova notícia acerca da crise, que mais uma vez me deixa a pensar, até que ponto foi a perversão desta gente das instituições financeiras.
Fiquei a saber que os directores da AIG, uma empresa seguradora e de gestão de fundos que foi salva da falência pelo governo dos Estados Unidos com uma ajuda de vários milhões de dólares, ainda se mantêm no seu lugar a auferirem com certeza aqueles vencimentos, que todos fazemos ideia de quanto serão.
E porquê sei eu isto?
È porque esses senhores foram responder perante uma comissão de inquérito do Congresso, porque já depois da intervenção, foram fazer uma conferência de uma semana num hotel da Califórnia e gastaram a módica quantia de meio milhão de dólares.
Vários milhares foram gastos em Spa, massagens e cabeleireiro.
Mas eu entendo estes senhores as últimas semanas têm sido um sufoco muito stress e portanto spa e massagens seriam absolutamente necessários.
Como é que esta gente ainda está à frente da empresa?
Em Portugal a utilização de fundos públicos em proveito próprio é um crime chama-se peculato e na América não têm essa figura penal?
Ou isto de peculato é para funcionário que leva uma caixa de papel de fotocópias do serviço?
Quanto mais se analisam as situações mais se vão descobrindo as movimentações tendentes a deixar tudo como dantes. Como esta chantagem insuportável de que temos de salvar as instituições financeiras que até há pouco tempo tinham lucros fabulosos que naturalmente foram distribuídos pelos accionistas.
Porque não pagam os prejuízos agora esses senhores que receberam os lucros e salvam as suas empresas?
Porque raio deverá ser o dinheiro dos meus impostos a salvar o BCP que foi afundado por aqueles senhores muito bem falantes que por acaso são da “Opus dei”, que ainda hoje vão à televisão botar discurso, como se fossem pessoas de bem?
Temos que, de uma vez por todas, dar um sentido ético às relações sociais, estou farto de ver gente a bater com a mão no peito mas de coração vazio. Há que penalizar os que têm condutas que põem em causa os outros e o funcionamento da sociedade e louvar os que lutam pela manutenção do bem-estar social.
Como diriam os “Gato Fedorento”: “É claro que um gajo tem de se chatear”

Saudações


O Viajante

domingo, 12 de outubro de 2008

As causas remotas da crise




Ouvi uma das explicações mais claras sobre as raízes profundas desta crise financeira dada pelo presidente da Ibermoldes, Henrique Neto.
Segundo ele jovens financeiros vindos das universidades mais importantes dos Estados Unidos no inicio dos anos 80, verificaram que era mais rentável comprar empresas e vendê-las por partes do que pô-las a produzir. Este modelo económico criou algumas mega empresas do ramo, designado por fusões e aquisições, que deram aos seus gestores enorme poder.
Contudo segundo o entrevistado embora muito conhecedores em termos financeiros eram ignorantes no resto e esta mistura de poder e ignorância é normalmente explosiva.
Como era um modelo não produtivo que se limitava a predar as empresas existentes acabou por ficar esgotado antes de 2000. Daí que as mesmas escolas que formaram estes financeiros lançaram as novas teorias da desregulação do mercado e da globalização, o que permitiu a deslocalização das empresas produtivas e a manutenção deste modelo até aos nossos dias.
Por outras palavras este era um modelo de “terra queimada” e os seus mentores sabiam-no, desde as escolas que elaboraram as teorias até aos financeiros que as aplicaram na prática, daí que se tenham protegido quer em termos legais quer com ideminizações milionárias caso fossem despedidos.
Como se sentirão estes "génios" da finança? Em primeiro lugar ricos e depois inteligentes porque conseguiram enganar muita gente durante quase vinte anos.
Mas as lideranças a nivel mundial especialmente as do G8 não podem assobiar para o lado porque foram colaborantes com tudo isto. Impõe-se que haja ética em todos os aspectos da sociedade e o financeiro não pode ser excepção.
Saudações

O Viajante

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Os direitos e garantias dos cidadãos






Há dias um criador de moda construiu uma estrutura que era atrelada a uma modelo. No seu conjunto tinha a forma de um cavalo, constituindo o corpo da modelo a parte dianteira. Houve críticas de algumas mulheres que consideraram atentatório da dignidade feminina. Outras nem por isso, porque consideraram ser apenas uma demonstração de um criador que chama a sua obra de moda conceptual. Se olharmos para as mulheres que fizeram estes dois tipos de comentários, poderiamos com certeza verificar que as primeiras são mulheres na casa dos quarenta, enquanto que as outras são mulheres na casa dos vinte.
Quando socialmente em Portugal as coisas se complicam, algumas pessoas começam de imediato a defender que o país precisa doutro Salazar, que isto é uma república das bananas e que os políticos não são pessoas sérias. Se pudessemos fazer uma avaliação das pessoas que emitem estas opiniões, iriamos verificar que na sua maioria seriam pessoas abaixo dos 30 anos, ou seja são pessoas que nunca viveram no tempo do anterior regime.
Claro que quem nasceu em liberdade considera isso um direito natural , quem nunca foi segregado por ser diferente considera a igualdade como um direito natural, quem nunca foi maltratado considera a dignidade como um direito natural.
Seria impensavel para essas pessoas perderem a liberdade por causa das suas ideias, terem de pagar uma licença para poder ter um isqueiro, pagar taxa para poder ouvir radio e ver televisão, não poderem ir a um conserto rock ou manifestarem-se no Marquês de Pombal após a vitória da nossa selecção sem que policia de intervenção estivesse lá para prender os que vinham com um copo a mais ou dar umas bastonadas para manter a ordem, não poder sair da escola para ir ao café da frente beber um sumo sem aparecer a policia e levar o pessoal de volta à escola, não poderem ir passar umas férias ou fazer uma viagem de finalistas fora do país porque só era concedido passaporte a um grupo restrito de pessoas. Não se usar biquini na praia como aconteceu até 1968, a mulher ser uma propriedade do marido como aconteceu até 1974 as enfermeiras não se poderem casar nem usar vestuário impróprio (calças) como aconteceu até 1960.
Os direitos não são naturais, foram conquistados às vezes com muito sofrimento e até sangue, será natural que os que lutaram por eles os valorizem mais do que os que pensam que eles caiem do céu, como a água da chuva. Quando os vejo saudosos de uma coisa que não conhecem só me apetece dizer como o Senhor Jesus.” Pai perdoa-lhes que eles não sabem o que fazem “ , neste caso o que dizem.

Saudações

O Viajante

sábado, 4 de outubro de 2008

O Fim dos Tempos II - O Império do sol




Depois de ter falado dos escritos Maias referentes a 2012 queria agora, para os espíritos mais cartesianos, cépticos em relação a estas coisas “meio-religiosas” “não cientificas", transmitir algumas das preocupações dos homens, que estudam a nossa relação com o sistema solar.
Actualmente uma das preocupação dos cientistas a nível mundial é o sol.
O nosso sol costuma apresentar de tempos a tempos na sua superfície manchas de tom mais escuro , que são zonas com menos mil e quinhentos graus centigrados do que as zonas que as circundam e são tempestades magnéticas, maiores do que a Terra. Também parece que o aparecimento destas manchas tem um ciclo que dura aproximadamente onze anos apresentando durante este período, um ano de máxima, com bastantes manchas e um ano de mínima, a meio do ciclo, com pouca actividade solar. Outro facto também assente é que o número e actividade destas manchas têm influência directa no comportamento do nosso planeta e atingem todos os que o habitam.
Essas manchas costumam emitir na forma de erupções, particulas e gás que se deslocam a velocidades de mais de mil quilómetros por segundo no espaço criando ondas de choque que vão inpulsionando outras partículas dando origem a um verdadeiro tsunami espacial. A intensidade destas erupções é graduada em C para pequenas, M para médias e X para as mais potentes, acompanhadas por um valor numérico.
A preocupação dos cientistas assenta em duas questões:

1. A mudança do comportamento do sol
De acordo com estudos climatéricos o sol está hoje muito mais activo contribuindo de forma substancial para o aumento de temperatura da terra, colocando-a em valores nunca atingidos nos últimos 50 mil anos. De acordo com os especialistas se a energia solar tiver um aumento de 1% a temperatura à superficie da terra subirá 0,7 graus centigrados. Estudos empíricos efectuados, estimam que desde dos tempos pré-industrais até agora, houve uma variação de 0,5%, ou seja o Sol tem contribuido em mais de 30% para o aquecimento global, valor só ultrapassado pelo Anidrido carbónico(CO2).

2. O ciclo de actividade do sol
Até o tradicional ciclo de 11 anos de valores máximos e mínimos de actividade tem tido alterações que deixam os nosssos centistas desconcertados.
O último ano de máxima actividade solar foi 2001. No ano de 2003 entre 26 de Outubro e 4 de Novembro ocorreu a chamada tempestade do “Dia das Bruxas” , tendo uma das erupções observadas a intensidade nunca vista de X45. Se viesse no sentido da terra teria destruido a nossa rede de satélites e sistemas de transporte de energia, tal como aconteceu em 89 quando uma erupção de intensidade X19 destruiu parte da rede eléctrica no Quebec. Teria tambem apesar da nossa protecção magnética planetária, provocado na população todo um conjunto de enfermidades identicas às que resultam de exposição às radiações.
Mas pronto 2003 estava ainda próximo do máximo de 2001 e como tal foi aceite com alguma naturalidade. Mas em 2005 que deveria ser um ano calmo, a situação transformou-se e apanhou a comunidade científica desprevenida. No primeiro dia do ano uma erupção solar de intensidade X2, depois em 17 de Janeiro uma erupção de intensidade X3 e a 20 do mesmo mês com a intensidade de X7. Esta última erupção teve a particularidade de ter lançado alguns milhares de milhões de toneladas de partículas que viajaram do sol até à terra em cerca de meia hora em vez dos habituais dois dias, ou seja a viagem foi feita a um quarto da velocidade da luz, mais uma situação nova para os cientistas. Por último em Setembro para a apoteose final, uma semana de erupções, uma das quais com a intensidade de X17 atingiu a terra no Hemisfério ocidental, destruindo muitos sistemas de comunicações .
Esta súbito nervosismo solar, num ano que deveria ser de calma, provocou pelo menos 27 tempestades tropicais no Atlantico, das quais 14 atingiram a dimensão de furacões, sete deles da classe 5 que arrasaram cidades na América Central , nas Caraíbas e a na América do Norte, mantando varios milhares de pessoas.
Provocou tambem vários terramotos dos quais sete de magnitude superior a 6 que atingiram paises sobretudo na Asia sendo o mais grave no do Paquistão com oitenta mil mortos.
Os cientistas não arriscam previsões, mas 2012 será um ano de máximo solar se no mínimo estamos assim como será no máximo?
Vamos aguardar serenamente e esperar que o sol só mande luz e calor na nossa direcção, o resto dispensamos.
Saudações
O viajante

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Curiosidade


Esta minha mensagem tem apenas como objectivo apontar uma curiosidade foram do comum.
O Comando naval na Base da Marinha dos Estados Unidos em S. Diego fica num complexo de edificios que visto do céu tem uma forma peculiar.
Embora os Estados Unidos sejam um país de tolerância ideológica espero que a forma arquitectónica dos edificios não tenha intenções obscuras ou sido inspirada por nenhuma seita oculta.


Saudações


O viajante