
domingo, 20 de dezembro de 2009
Ora explique lá Senhor Doutor

terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Nós por cá nem todos bem
A noite passada o desastre abateu-se mais uma vez sobre os Açores. Na freguesia de Agualva no norte da ilha Terceira, depois de horas ininterruptas de chuva intensa, a ribeira que a atravessa, saiu do leito e transformou as ruas da localidade em torrentes de lama que arrastaram tudo à sua passagem. Os carros os recheios das casas tudo correu rua abaixo deixando duas habitações completamente destruídas e outras quarenta inabitaveis. Felizmente nenhuma vida se perdeu, apenas uma idosa permanece no hospital de Angra do Heroismo. Ela e o seu marido foram salvos quase no último momento pelos vizinhos e bombeiros que acorreram ao local.
Pelo menos cem pessoas ficaram desalojadas e como por aqui sempre acontece, apesar das casas postas à disposição pelo governo, todos optaram pelas portas que familiares e amigos de imediato lhes abriram sobretudo numa época tão especial como a que atravessamos.
Agora chove copiosamente , mais uma noite de alerta para muita gente. Que o Céu nos proteja e as ribeiras fiquem nos seus leitos
Saudações
O Viajante
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
A importância do cu
Como já sabem todos os que passam por aqui eu acredito na reencarnação. Acho que setenta ou oitenta anos é pouco tempo para nos definirmos para a eternidade. Seria uma injustiça sermos condenados ou glorificados para todo o sempre, apenas por uma vida.
Acredito também que algumas pessoas que nos tratam mal, que consideramos inimigos, estão tal como os que nos tratam bem, a cumprir um papel importante para a definição do nosso caminho.
Acredito que somos seres de luz que vivem noutro plano e que de tempos a tempos vimos em viagem de aprendizagem a este planeta.
Quando eu defendo que: competição, traição, deslealdade,agressão, homicídio, são situações deste plano e que no outro plano isso era impossível porque a relação entre todos os seres de luz é orgânica, ou seja nenhum deles faz nada para prejudicar outro porque estaria a prejudicar-se a si mesmo, sinto que quem me ouve tem dificuldade em imaginar tal situação.
Por isso eu vou contar um história deste plano que julgo irá esclarecer e sobretudo transmitir a ideia de que mesmo aqueles que aparentemente são “mais pequenos”, não são por isso menos importantes que os outros que aparentemente são “maiores”e todos temos de trabalhar em harmonia para o bem da humanidade.
Uma vez os orgãos de um determinado corpo estavam a discutir quem seria de facto o orgão mais importante.
O coração dizia que era ele porque se parasse durante alguns minutos o corpo morria. O cérebro dizia que ele era de facto o mais importante controlava tudo até o funcionamento do coração. Depois seguiram-se o fígado os pulmões e o pancreas, até que se ouviu uma voz lá do fundo :
-Ok já estou farto da vossas conversa, vou fechar a loja e vocês os importantes que se aguentem .
Mas quem és tu ? Peguntou o cérebro . Eu sou o cu, respondeu a voz e a gargalhada foi geral.
A partir daquele dia mais nenhum dejecto saiu do corpo. Passados alguns dias as infecções alastravam primeiro no intestino depois no estômago, as defesas do corpo eram destruidas uma a uma . A determinada altura o cérebro deu conta de que o coração e os pulmões iam colapsar e pensou bem temos que falar com o cu.
Ligação orgânica é isto nenhum é o mais importante mas somos todos imprescindíveis.
Saudações
O Viajante
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
O medo

Ah! o medo vai ter tudo
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)
Alexandre O'Neill "Medo"
Há alguns dias uma amiga blogger falava dos seus medos e das dificuldades em enfrentá-los e superá- los. Por isso eu resolvi também falar do assunto já que sinto como Alexandre O'Neill que o medo vai ter tudo.
O medo faz parte da nossa natureza. Boa parte do nosso sucesso enquanto espécie reside nele.
Chamamos-lhe instintos e são como que programas que foram ficando inscritos no nosso código genético. Foram-se instalando no sistema límbico a parte mais primitiva do cérebro e ainda hoje nos permitem reagir fisiologicamente de forma quase automática a situações de perigo.
Com o desenvolvimento de outras partes do cérebro, desenvolvemos novas capacidades muitas delas situadas no lobo frontal do cérebro que controla não só a nossa razão como também a nossa personalidade. Hoje a nossa mente faz construções complexas e claro as emoções e o nosso companheiro "medo" estão presentes e de forma mais sofisticada.
Portanto o medo vai ter tudo como diz o poeta, não vale a pena fugir dele, vai estar presente em todos os momentos da nossa vida. Temos de o conhecer, falar com ele ler os seus sinais e claro não fazermos o que ele quer que é termos medo dele.
Saudações
O Viajante
domingo, 29 de novembro de 2009
Entre marido e mulher....

Na semana passada muito se falou da violência doméstica e embora os números sejam já assustadores com 26 mulheres assassinadas desde o principio do ano pelos maridos ou namorados e cerca de 1800 queixas apresentadas nas autoridades, tenho quase a certeza que estamos só a ver a ponta do icebergue.
A violência é algo que está subjacente à espécie humana, A sobrevivência dos mais aptos e o instinto de conservação resultam em situações violentas ainda nos nossos dias.
A violência doméstica não tem que ver com instintos básicos ou opções políticas, é transversal aos sistemas políticos e às classes sociais e atinge toda a família. Tem únicamente a ver com o poder que as mentes disfuncionais dos agressores de forma cobarde procuram exercer sobre os mais fracos, utilizando violência não só fisica como tambem psicologica contra aqueles que deveriam proteger.
Não julgo os abusados porque só eles sabem o que sentem mas acho imoral o incentivo à denúncia feito por organizações públicas e privadas, que se limitam a acrescentarem mais uma vítima às suas estatísticas e depois deixam-na de novo nas mãos dos abusadores.
Temos de orientar a lei na protecção das vítimas e sobretudo mudar as mentalidades para que os agressores se sintam criticados socialmente.
Estava o Patriarca de Lisboa preocupado com as mulheres portuguesas que pensavam em casar com muçulmanos…
Saudações
O Viajante
PS. depois de publicar este post mais uma mulher foi morta pelo marido dentro da ambulância que a transportava ao hospital para se tratar dos ferimentos provocados pela última sova. A filha de 5 anos estava com a mãe e assistiu a tudo.
sábado, 21 de novembro de 2009
A manta do diabo

Como diz o nosso povo “o diabo tem uma manta que tem alturas que cobre e tem outras que descobre”. As minhas desconfianças em relação à indústria farmacêutica e aos métodos utilizados para venderem os seus produtos já eram “mais que muitas” quando um alto responsável governamental português, ontem na televisão, depois de uma campanha bem sucedida de combate à venda de medicamentos contrafeitos na internet, disse para quem quis ouvir que o mercado dos medicamentos era tão rentável que os narcotraficantes estavam a deixar a cocaína e a heroína para se dedicarem a este novo tipo de tráfego.
Obrigado Sr. Governante esse foi mais um passo no caminho para nos convencer que de facto mesmo em relação à nossa saúde é tudo uma questão de mercado, que o lucro será sempre o objectivo da indústria e a ética é um bom tema para se falar num qualquer seminário, fica bem.
Saudações
O Viajante
domingo, 1 de novembro de 2009
Á procura!

Por razões profissionais, tenho dado algumas férias ao meu blog. Não resisti contudo a “botar” palavra na polémica criada pelo nosso José Nobel.
Numa manobra de marketing à velha maneira do departamento de agitação e propaganda de qualquer partido comunista mais ortodoxo, mas orientadada para objectivos bem capitalistas, o nosso José Saramago quando escreve um novo livro, voa do seu refúgio em Lazarote e faz declarações quase sempre polémicas normalmente sobre a igreja.
Talvez quem sabe, à espera que o Vaticano o transforme no Salman Rushdie do cristianismo, considerou a Bíblia “um manual de maus costumes onde está patente o que existe de pior na humanidade”. Claro que o Vaticano nem tomou conhecimento quanto mais responder e o José teve de se contentar em ser perseguido apenas em Portugal. Acho estranho que até hoje José Saramago nunca tenha comentado ou escrito sobre as ideias políticas que sempre o orientaram. Talvez se o tivesse feito o novo livro se chamasse em vez de Caim, Estaline teria também traição e carnificina em quantidade suficiente.
Outro dos aspectos que eu acho interessante neste homem é a luta contra Deus que ele como ateu defende que não existe. Ele tem que fazer como certas pessoas e assumir-se. Aceitar que orientou a sua vida por ideias estéreis, essas sim que trouxeram ao de cima o lado pior da humanidade, e que está à procura de Deus através da única maneira que um materialista assumido como ele sabe fazer, no confronto.
Saudações
O Viajante
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
A teoria da conspiração

O povo, ou como “eles” costumam dizer, os superiores interesses nacionais, não fazem parte desta equação.
Mas não fiquem chocados eles estão a actuar bem, nós eleitores é que estamos a actuar mal. Não exigimos cumprimento das promessas nem penalizamos os mentirosos.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
A face oculta

Como é estranho o desejo de nos exibirmos. Como é difícil a simplicidade e a autenticidade!
A autenticidade é, em si, uma tarefa das mais árduas, ao passo que o desejo de nos tornarmos alguém oferece pouca dificuldade. É muito mais fácil fingir ou representar, mas é extremamente complexo sermos aquilo que somos; e isso, porque estamos sempre mudando, nunca somos o mesmo, e cada instante revela uma nova faceta, uma nova dimensão e profundidade.
Podemos estar certos que somos muito sensíveis e eis que um acidente ou um pensamento fugaz nos mostra o contrário; ou, então, podemos considerar-nos talentosos, cultos, com agudo sentido estético e dignos, mas, de repente, ao dobrarmos uma esquina, percebemos o quanto somos ambiciosos, invejosos, carentes, brutais e ansiosos. Somos tudo isso, de momento a momento, e, no entanto, desejamos a continuidade e a permanência daquilo que nos traga lucro e prazer.
Não podemos ser todas estas coisas ao mesmo tempo, pois cada instante trás consigo algo novo. Portanto, se formos inteligentes, abriremos mão da pretensão de sermos alguém ou alguma coisa.
Deixar tudo isso de lado, libertando-nos da contradição e do eterno sofrimento e renunciar a qualquer forma de preenchimento ou realização pessoal, é o que de mais natural e inteligente nos cumpre fazer.
Mas, para que procedamos assim, para que deixemos de ser alguém, é preciso desvendar a nossa face oculta, expô-la sem medo, a fim de a compreendermos. A compreensão de nossas ânsias e desejos ocultos vem da plena consciência deles, o que é também indispensável perante a morte; desta forma, o puro acto de ver destrói aquela estrutura psicológica, libertando-nos do sofrimento e do desejo de ser alguém.
Saudações
O Viajante
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Estes Americanos...!

Ao que parece os grandes problemas dos americanos estão relacionados com três medidas que seriam implementadas com este projecto segundo determinadas fontes:
Quanto ao ponto dois, para quem corre meio mundo em defesa da liberdade, a derrubar tiranos e a defender os direitos humanos, fazendo até relatórios anuais sobre os direitos humanos noutros países, ter como princípio que dentro das suas fronteiras possam existir pessoas, que por circunstâncias diversas não têm direito a receber tratamento médico é no mínimo estranho, porque o deito à saúde é um direito humano.
Quanto ao ponto 3 será que o conceito de “valor público” é um conceito desconhecido dos americanos. O direito à vida, à saúde, à justiça, à liberdade, à segurança, são direitos universais e como tal têm de ser garantidos pelo estado a todos os cidadãos nacionais ou de outros paises que se encontrem dentro das suas fronteiras, não podem apenas estar acessíveis aos que podem pagar, ou dependentes dos caprichos do mercado ou bem pior da influência dos lobies. Só assim se poderá evitar que no mínimo se criem situações de desigualdade.
sábado, 12 de setembro de 2009
Os homens são de Marte e as mulheres são de Venus

11 expressões usadas pelas mulheres...e os seus verdadeiros significados:
1 - "Chega": Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas estão certas e tu tens que te calar.
2 - "5 minutos": Se ela está a arranjar-se significa meia hora. "5 minutos" só são cinco minutos se esse for o prazo que ela te deu para veres futebol antes de ajudares nas tarefas domésticas.
3 - "Nada": Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está a acontecer e que deves ficar atento.. Discussões que começam em "Nada" normalmente terminam em "Chega".
4 - "Tu é que sabes": É um desafio, não uma permissão. Ela está a desafiar-te, e nesta altura tens que saber o que ela quer... e não digas que não sabes!
5 - Suspiro ALTO: Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que frequentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que és um idiota e que só está a perder tempo a discutir contigo sobre "Nada".
6 - "Tudo bem!!!": Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher.. "Tudo bem!!!" significa que mais cedo ou mais tarde vais pagar na mesma moeda pelo que fizeste e com juros.
7 - "Obrigada": Uma mulher está a agradecer, não questiones, nem desmaies. Apenas diz "de nada". A menos que ela diga "MUITO obrigada"- isso é PURO SARCASMO e ela não está a agradecer por coisa nenhuma. Nesse caso, NÂO digas "de nada". Isso apenas provocará o "Esquece".
8 - "Esquece": É uma mulher a dizer "Vai-te ... !!"
9 - "Deixa estar, EU resolvo": Outra expressão perigosa, significa que uma mulher disse várias vezes a um homem para fazer algo, mas agora está ela a fazer. Isto normalmente resulta no homem a perguntar"mas afinal o que é que queres?". Para a resposta da mulher, consulta o ponto 3.
10 - "Sabes, estive a pensar...": Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.
11 - "Precisamos ter uma conversa!": estás a 30 segundos de levar com um belo par de patins.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
E ainda a guerra!

Pela primeira vez os americanos viram o horror da guerra à sua porta, a destruição, os feridos, os mortos, o sofrimento das famílias e todo o conjunto de desgraças que resultam das guerras.
Mas não chega recordarmos os mortos de Nova Yorque ou Washinton torna-se necessário para que o mundo não se esqueça recordar os de Guernica provocados pelos franquistas e seus aliados fascistas, Londres e Varsóvia provocados pelos ataques alemães, Dresden e Colónia, pelas bombas incendiárias inglesas, Xangai e Nanquin, pelas japonesas e Hiroshima e Nagasaky pelas bombas atómicas americanas.
Em todas elas o cortejo de horrores, miséria e morte que os senhores da guerra fizeram desabar sobre as populações indefesas, chacinando os não combatentes, velhos mulheres e crianças, para segundo eles encurtar a guerra e salvar vidas.
Enquanto vivermos num mundo em que existam guerras justas ou que o valor da vida dos seres humanos tenha que ver com a sua nacionalidade, surgirão com certeza mais onzes de Setembro e não será a tecnologia e as armas dos que se julgam bem defendidos que irá impedir novas tragédias.
Que se calem as armas e falem os corações!
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Adormecer aqui e acordar do outro lado

Os pensamentos chegavam à sua mente como ondas à praia, mas são um tanto imprecisos nos pormenores, talvez um problema no interface neural. Como algo distante o João recorda-se de pela enésima vez ter verificado o uniforme.
Ele era um dos felizardos, só iria entrar de serviço na viajem de volta. Depois do jantar era como se continuasse de férias. Era 1º oficial a bordo do “Lusitânia” especializado em informática e comunicações. Desde muito jovem que a sua inclinação para tudo o que fosse computadores tinham-no transformado, não desfazendo dos colegas, num autêntico mago cibernético.
Adorava viajar e todas as viagens eram como se fossem a primeira. Ficava na ponte a observar encantado o azul do nosso planeta, ou as estrelas. Uma vez resolveu dar um pouco de “corda” ao astrónomo amador que existia em si e pensou, recorrendo aos seus conhecimentos técnicos, fazer um mapa astral para os que apesar de toda a tecnologia ainda gostassem de navegar apenas pelas estrelas.
A sua especialidade era de fundamental importância para a preparação da viagem, mas durante, só se houvesse alguma avaria. Daí que mesmo de turno poderia voltar a atenção para o seu projecto astronómico.
No fim do jantar, que como sempre foi óptimo, o comandante despediu-se do pessoal do 2º turno como quem sugeria que iríamos atravessar um qualquer buraco negro ou “stargate” temporal, dizendo com um sorriso: “encontramo-nos do outro lado”
De repente o interface neural conforme programado despertou-o. João abriu os olhos desligou os sensores de segurança tomou um duche rápido e apresentou-se na ponte. Olá senhor Bettencourt chegou a tempo de ver o nascer do sol, espero que tenha descansado, saúdou-o o comandante. João Olhou pelas janelas da ponte e reparou que o sol surgia por detrás do planeta mas este não era azul era mais para o avermelhado. Descansado? Claro, pensou ele, tinha começado a dormir na Terra e ao fim de seis meses acordado em Marte, só podia.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Compreensão - chave do conhecimento

Mas não temos e por isso, quer consciente quer inconscientemente, estamos sempre à procura de segurança. Muitas vezes física desenvolvendo capacidades ou acumulando bens, outras vezes emocional ligando-nos a sistemas de ideias ou crenças, na busca da virtude da felicidade do amor e do pretenso conhecimento
Mas embora nos entrincheiremos por trás das seguranças do conhecimento, da virtude, do amor e da posse, embora edifiquemos muitas certezas, estamos sempre a construir uma casa sem alicerces que será derrubada facilmente pelas ondas da vida que chegam em experiências, uma após outra e que destroem todo o conhecimento anterior, todas as certezas anteriores, arrastando as seguranças que tão diligentemente construimos, disseminando-as ao vento como palha.
Como tal procuramos continuamente a substituição, e essa substituição torna-se a nossa meta, o nosso objectivo. Dizemos, esta crença provou não ser de qualquer valor, portanto deixa-me virar para outro conjunto de crenças, outro conjunto de ideias, outra filosofia.
Só que não nos livramos do medo pela remoção de um conjunto de crenças substituindo-o por outro. Torna-se necessário que tomemos consciência do verdadeiro valor das crenças a que nos agarramos, do significado persistente dos nossos instintos de posse, das limitações do nosso conhecimento e das seguranças que edificamos. Somente atingindo essa compreensão podemos pôr fim ao medo.
Talvez para que possamos compreender o Cosmos no seu significado pleno, torna-se necessário que a mente esteja vazia, livre dos grilhões do espaço do tempo e do hábito da aquisição auto-protectora.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Ai os brandos custumes!

A sinalização de perigo lá estava mas não impediu que num espírito de “nacional porreirismo” sempre com aquela ideia de que só acontece aos outros, que várias pessoas se tenham posto à sombra da falésia, e ficado debaixo dela quando desmoronou.
De imediato o governo respondeu com a politica da casa roubada trancas na porta, mandando verificar as falésias de todas as praias deste país ( só de ouvir isso, e se a situação não fosse tão triste, teria ficado cansado, de tanto rir claro). A comunicação social antecipou-se ao governo deu a volta a todas as praias do país (com falésias claro) conversando com os corajosos banhistas que por baixo delas continuam a colocar as suas toalhas.
Pois já venho há alguns anos para aqui no Verão e nunca me aconteceu nada, dizia um. Só me apeteceu dizer como os miúdos: dah!! Se tivesse acontecido não estavas a dizer asneiras na televisão. Uma senhora segurando o seu filho de tenra idade dizia que aquilo era um lugar público e que se algo acontecesse a culpa era do governo. Pois claro como os neurónios são poucos batemos no “ceguinho”. Até parece aquela anedota do camionista que estava a fazer uma mudança e se deparou com uma ponte que de acordo com a sinalização não suportava o peso do seu camião. Ao ver a sua hesitação o cliente que ia sentado ao seu lado disse-lhe com ar de quem tudo soluciona: "Ó homem avance, a policia nunca costuma estar por aqui".
domingo, 30 de agosto de 2009
Os males do ego

sábado, 29 de agosto de 2009
Mais "selos" para o "Café e bolos"


quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Expliquem-me para ver se entendo

Alguns deles na cidade de Los Angeles doentes oncológicos que por estarem doentes perderam o seu emprego e como tal o seu seguro de saúde e agora quase sem dinheiro para comer viram-se confrontados com o facto de o hospital da cidade ter de encerrar a sua unidade de oncologia onde atendia esses doentes, gratuitamente, porque as verbas de funcionamento foram reduzidas em várias dezenas de milhões de dólares.
São pessoas que até há bem pouco tempo trabalhavam e nunca estiveram inscritas na assistência social e agora são praticamente abandonadas pelo sistema que as explorou durante a maior parte da sua vida.
São cerca de 45 milhões os americanos que por razões diversas não têm seguro de saúde. As companhias de seguro lá tal como aqui tendem a rescindir os contratos com os clientes que lhes causam mais problemas o que quer dizer que a partir dos cinquenta anos existem poucos contratos individuais. São as empresas que asseguram isso nos benefícios sociais que dão aos seus trabalhadores, que obviamente acabam quando as pessoas são despedidas, o que não é difícil já que a legislação laboral é extremamente flexível.
Perante esta tragédia humana gostaria que me explicassem porque razão estão os americanos tão preocupados com a ideia do seu presidente de criar um serviço nacional de saúde para que ninguém morra por falta de assistência. A desinformação é enorme e há uma verdadeira campanha para que Obama desista, talvez por parte daqueles que provocaram esta crise económica, que lançaram a América numa guerra em duas frentes, que encheram os bolsos com a especulação dos preços do petróleo mas quase deixaram morrer à fome as vítimas do "Katrina" e passam o tempo a dizer: "we support our troops". Eu tambem apoiavam desde que sejam eles a levar os tiros e a morrerem em vez de mim e eu a encher os bolsos.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Muita caldeira e pouca bandeira

Então meus senhores, afinal quem fala verdade aqui? isto já parece a situação de Sta. Maria. Vamos lá mostrem o papel e acabem de vez com esta troca de galhardetes. Se está estipulado no contratado 10 mil chamadas por dia, os responsáveis pela empresa que cumpram e deixem de andar à procura do dinheiro dos contribuintes para tapar os seus erros gestionários. Se continuam a não cumprir o contrato só há um caminho rescisão. Não faltarão empresas por aí dispostas a gerir a linha de saúde 24 e talvez com melhores resultados.
Estou cada vez mais desconfiado com estas parcerias público/privadas que vão alimentado sem conta nem medida, com os nossos impostos, uns quantos “ empresários de sucesso”. Já agora gostava de saber, quem fazendo frente à crise comprou o seu Ferrari este ano. Por cá foram vendidos 20, mais 11 que no ano passado.
sábado, 1 de agosto de 2009
Porque gosto do teu sorriso

Adoro o teu sorriso Porque é:
Radioso como o sol ao meio dia
Forte como aquela onda que nos alaga completamente
Seguro como um porto de abrigo em dias tristes
Cristalino como a água daquela cascata na Serra da Estrela
Doce como os pastéis de nata daquela lojinha do Colombo
Quente como o solinho que gostamos de sentir num dia de Inverno
Tranquilo como aquele por do sol à beira mar
Revelador porque diz o que a tua alma sente
Envolvente porque nos cerca de uma luz com cambiantes de arco-iris
Saudoso porque sentimos a sua falta quando não o temos
Imenso como o amor que transparece nos teus olhos
E pronto agora já sabes!
Um Beijo terno linda Seeker
O Viajante
domingo, 19 de julho de 2009
Hoje vi estrelas!
E pronto já cá estamos no nosso lugar de férias.
Uma paisagem serrana com um hotel com ar alpino, com piscinas e spa. Os ingredientes estão presentes, portanto julgo tudo irá correr bem e serão com certeza momentos para recordar.
Claro que para um homem que vive junto ao mar, a montanha pode em determinadas alturas nos fazê-lo sentir-se claustrofóbico. Eu tenho uma técnica, quando me sinto assim, olho para o céu e foi isso que fiz ontem.
Dei por mim a pensar na Ursa Maior e na sua filha mais pequena, na Cassiopeia e na sua forma em W, na Orion e nas três estrelinhas que se encontram no seu centro e que por cá se chamam as Três Marias. Até apontei a Estrela Polar e como não podia deixar de ser Venus.
Muitos destes corpos celestes estão a distâncias inimaginaveis, daí que sejam medidas em “anos-luz” ou seja a distância que a luz percorre durante um ano, qualquer coisa como 9 triliões de quilómetros.
Tirando o nosso Sol a estrela mais perto de nós , Proxima da constelação Alfa de Centauro, está a cerca de 4,5 anos-luz mais ou menos 40 triliões de quilómetros.
A sonda Voyager, a mais rápida de todas as naves construidas pelo homem, demoraria 700 mil anos a percorrer essa distancia.
Depois de ter pensado tudo isto olhei de novo para as estrelas e pensei quão falíveis podem ser os nossos sentidos, talvez quem saiba estou a olhar para um céu que já não existe. Talvez algumas das estrelas que me enviaram a luz que hoje eu estou a receber, tenham deixado de existir há milhões de anos atrás.
De facto somos seres bem adaptados ao nosso planeta contudo teremos que desenvolver outras capacidades se queremos sair dele, seja para o espaço seja para outros planos.
Os nossos cientistas também estão cada vez mais na onda dos felizes que acreditam sem terem visto.
Saudações
O viajante
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Estou nas nuvens!!

Não em sentido figurado mas na verdadeira acessão da palavra. Estou a cerca de dez mil metros sobre o Atlântico a caminho de Lisboa e de umas férias, não sei se merecidas mas sem dúvida necessárias.
Ao ver-me dentro deste charuto a oitocentos quilómetros por hora não pude deixar de pensar no que a nossa espécie tem feito na tentativa de se adaptar ao planeta e nos riscos que muitas pessoas correm todos os dias atravessado o mar ou o ar, dois ambientes hostis para qualquer ser humano, confiando apenas na tecnologia, isto claro apesar de existiram falhas que conduzem inúmeras vezes ao desastre
"Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra". Esta frase, tida como palavra de Deus transcrita do Antigo Testamento, parece dar a ideia que Ele queria que fizéssemos a terra à nossa imagem, mudando-a de acordo com as nossas necessidades, aparentemente deixando a porta aberta a todo o tipo de agressões ambientais e outras.
No entanto seria bom que os defensores da última parte da frase dessem atenção à primeira palavra : crescei.
Só crescendo sobretudo em espírito é que conseguiremos ver que a palavra chave na nossa relação com o planeta não é domínio mas sem simbiose.
Saudações
O viajante
quinta-feira, 25 de junho de 2009
"Amar" sem Amor

Algumas conseguem ser honestas com os outros, especialmente quando não pretendem nada deles, mas quem as conhece sabe que são pouco sensíveis aos problemas alheios e difíceis de confiar.
O caminho para a felicidade assenta no amor, na amizade e na compreensão e exige trabalho e confiança.
A Festa do Sol

Na noite de 23 com o desfile das marchas de S. João viveu-se o momento mais alto das festas em hora de S. João que animam, de 19 de Junho até dia 28 a cidade de Angra do Heroismo, conhecidas pelas “S. Joaninas”.
Depois de em anos anteriores terem celebrado a diversidade cultural e o papel da cidade na carreira das indias, as festas têm como tema este ano o Sol, enquanto gerador de energia e força para caminharmos no sentido de um futuro luminoso.
Contudo a festa não se reduz às marchas. Desfiles de grupos folcloricos e filarmónicas, bem como eventos desportivos como regatas e provas de BTT, passando por exposições de pintura e fotografia, mostras etnográficas e como não podia seixar de ser, esperas de gado e corridas de touros.
Todas as noites em seis pontos da cidade haverão espectáculos musicais, alguns deles com artistas de renome e também estão disponíveis um pouco por toda a cidade “tasquinhas” onde para além da comida “normal” se podem provar alguns petiscos locais como lapas grelhadas, favas cuadas, batatas com massa malagueta, morcela frita e a alcatra.
As festas são encerradas por um desfile de bandas filarmónicas, que na Terceira são vinte e duas, e por um sempre espectacular fogo de artificio.
Espero que para o ano alguns de vós que estão a ler este post resolvam passar por cá e divertirem-se um pouco
Saudações
O Viajante
domingo, 14 de junho de 2009
Da Saudade

Hoje Lisboa recebeu-me com um manto de sol e céu debruado a colinas.
Olhei para os rostos ansiosos dos que esperavam familiares e amigos na saida do aeroporto e instintivamente procurei-te, mas claro não te vi.
Dei-te um beijo e tu ficaste. Eu sei como ficaste!!
Mil milhas depois já sinto saudades dos teus abraços
Passeei pela cidade mas os “nossos” lugares tinham uma cor diferente.
Hoje senti que de facto somos como uma caravela, se eu sou o leme tu és a vela que enfrenta os elementos e nos impulsiona.
O bom das partidas é que deixam sempre em aberto a hipotese do regresso e os regressos são muito mais honestos e sobretudo mais saborosos
Deixo-te com um beijo linda “seeker”, dorme e sonha.
O Viajante
sexta-feira, 12 de junho de 2009
A vingança da natureza ?

È facto que é menos letal que a gripe espanhola, que em 1918 matou mais de vinte milhões de pessoas, ou que as gripes asiática e de Hong kong que em 1958 e 63 mataram mais de quatro milhões.
Apesar de estarmos quase no Verão e tendo em conta as medidas tomadas de imediato pela maioria dos países, impressiona a forma como em poucos meses foram infectadas mais de duas dezenas de milhar de pessoas e cerca de 150 morreram. Como será no próximo Outono/Inverno, quando as temperaturas baixarem?
Continuamos a atacar estes vírus com antibióticos ou anti-inflamtórios. E a velha vacina? Segundo os especialistas não resulta porque o vírus tem mutações com muita frequência. Com muita frequência eles querem dizer em alguns meses, ou seja nada nos garante que no próximo Inverno o vírus não esteja muito mais letal do que agora.
Ao que parece dantes tanto os vírus como as bactérias sofriam menos mutações tornando as vacinas mais eficazes. Ultimamente não acontece assim, talvez porque tenhamos banalizado o uso dos antibióticos acabámos por forçar o microrganismo a inscrever no seu DNA a aceleração das mutações como forma de sobrevivência. Este processo terá acontecido num espaço de sessenta anos o que será um tempo extraordinariamente curto para um organismo vivo.
Daqui a mais alguns anos, e quando digo alguns estou a falar em 2 ou 3, os antibióticos existentes não terão qualquer efeito nos vírus e bactérias que nos vão atacar.
Então aí a nossa omnipotente tecnologia vai ter muitas dificuldades em nos valer e afinal não serão as armas nucleares, a poluição ou as mudanças climatéricas mas uns seres vivos, que não precisam de cérebro para serem inteligentes, muito mais capazes do que nós, que irão talvez quem sabe, obrigar-nos a repor o equilíbrio natural.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O Caminho e a busca do Equilibrio

A tolerância em relação aos outros bem como a capacidade de os ouvir, ajudar e até perdoar se for caso disso, não são atitudes fáceis e eu admito que nestes anos tive e tenho algumas intolerâncias por resolver, não ajudei algumas pessoas que podia ter ajudado e não consegui perdoar outras.
A minha recusa em ver as coisas, assobiando para o lado como se não existissem, motivou por vezes respostas do Universo que quase sempre me foram colocadas de forma súbita e brutal. Apesar da primeira reacção ser fugir o facto de estar “encostado à parede” só me dava um caminho, resolver a questão.
Aprendi a ser amável o que não quer dizer que o consiga ser com toda a gente. Até quando discutimos ideias podemos ser amáveis, magoar alguém porque achamos que ele é fraco ou indeciso acabará por ser um acto de arrogância da nossa parte e talvez em defesa de uma ideia que amanhã nós próprios chegamos à conclusão que não estava tão correcta assim.
Aprendi também que muitas vezes as pessoas não mudam, não porque não querem, mas porque não são capazes. Por vezes aquilo que para nós parece fácil e lógico (como se nós fossemos lógicos) para determinadas pessoas é uma muralha quase intransponível.
A primeira atitude é não há pachorra para essa gente, achamos que eles andam por aqui para ocuparem o nosso tempo, sugarem a nossa energia. Claro que depois aparece alguém na nossa vida que manipula e mente sistematicamente e nós vamos sempre arranjando tempo e vontade para o perdoarmos.
Eu não vejo isso assim, acho que muitos deles sofrem a tentar dar a volta e julgo que aquilo que mais os entristece é o facto de se sentirem abandonados e sobretudo incompreendidos.
Não uso túnica branca, não procuro a redenção e apesar de achar que devo ensinar aos que não sabem e corrigir os que eu acho que estão a errar tento fazer isso com amor, tolerância e paciência
Mas claro, isso sou eu, existem outros caminhos tão válidos quanto o meu.
Saudações
O Viajante
sexta-feira, 29 de maio de 2009
O estado de "Ermita"

Quando publiquei o meu último post e tornei a ler as palavras do Mestre Krishnamurti sobre os Requisitos do Caminho e sobre os três grandes pecados da humanidade: maledicência, crueldade e superstição, dei conta da facilidade com que os cometemos.
domingo, 24 de maio de 2009
Touradas à Corda

Na sequência das festas promovidas pelas irmandades dos Impérios do Espírito Santo são realizados vários eventos , alguns religiosos e outros profanos. “A Tourada à Corda “ é um desses eventos, muito apreciado e talvez o mais concorrido.
São quatro os touros largados um de cada vez , durante vinte minutos . Ao contrário das largadas no continente, onde os touros são conduzidos a um local fechado, aqui eles são largados na rua onde está o Império e percorrem –na apenas com a limitação de terem uma corda à volta do pescoço que permite a dois grupos de homens “os pastores” controlarem o animal impedindo a sua saída de um espaço que está apenas limitado por duas faixas brancas pintadas no chão.
Normalmente a assistência divide-se em dois grupos: um que está devidamente protegido em locais seguros e que assiste de facto e o outro que está na rua e enfrenta o touro. Destes quatro ou cinco são os “capinhas” toureiros improvisados que com um cobertor ou com um simples chapeu de chuva fazem alguns passos de toureio. Os restantes limitam-se a avançar e a recuar em contraponto aos movimentos do touro.
Nesta tourada não existem bandarilhas ou outros intrumentos que maltratem o animal e os ferimentos que ele possa receber são de quedas ou de saltar muros quando persegue todos os que estão proximos de si.
Os “toureiros” estão de mãos vazias e limitam-se num jogo de gato e rato a tentar enganar o touro e quando não conseguem as consequências podem ser graves. O mesmo pode acontecer a quem se juga seguro, já que apesar das medidas de protecção a força e determinação do animal são impossíveis de avaliar.
Claro que a tourada como tudo aqui na ilha é um momento de convívio quer com as tascas móveis que vendem todo o tipo de petiscos e bebidas, quer com a mesa posta em todas as casas do local para receberem familiares, vizinhos e amigos.
Pensei em colocar um video que desse uma ideia de como decorre uma tourada, escolhi um que tem apenas uma “colhida” já que por vezes os acidentes são graves e a imagens poderiam afligir quem vê. Contudo para os mais destemidos informo que no Yutube existem videos só sobre situações dessas.
sábado, 23 de maio de 2009
O "chico espertismo"

Para animar ou anestesiar a malta não sei, depois do caso freeport temos o caso Lopes da Mota que alegadamente terá dito a alguns colegas que seria melhor arquivar o caso freeport, utilizando na conversa o nome do Ministro da Justiça e do Primeiro Ministro, o que foi considerado como uma pressão intoleravel .
Então meus amigos que tem isso de anormal não foi assim que surgiu toda a confusão no dito caso freeport? O promotor do freeport foi falar com o tio para ele falar com o sobrinho que por acaso era Ministro do Ambiente para resolver a situação.