segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Direito por linhas tortas


Penso que já em tempos mencionei que uma entidade superior canalizada por um humano teria dito em 1990, mais coisa menos coisa, que na era da Nova Energia que se aproximava. as organizações financeiras seriam o grande problema. Quer pela dor e sofrimento que iam causar quer pelo facto de ser necessário que novas prioridades fossem definidas e também novas formas de relacionamento entre as pessoas, para que o dinheiro passasse a ser cada vez mais um meio e nunca um fim.
No meu post “Senhor fazei que eles vejam” a sempre apreciada IdoMind colocou a questão que vale o milhão de dólares (também podem ser euros): Será que o universo com a crise, privando-nos daquilo que nos “distraía”, o dinheiro, não nos está a dar a dica para começarmos a viver em vez de fingirmos que vivemos, como fizemos até aqui?
Como nunca acreditei em coincidências acho que temos de aproveitar esta oportunidade e mudarmos certas coisas.
Temos que nos focar no “ser” e não no “ter”. Os medos, a luta pelo poder, as guerras, a corrupção, o sofrimento resultam desta subtil diferença. Os homens passam metade da vida a acumular bens materiais como se fossem viver para sempre e depois passam a outra metade com medo de os perderem.
Obrigada IdoMind de facto a minha amiga pôs, como diz o povo, o dedo na ferida. Importa agora mudar as coisas.


Saudações


O Viajante

7 comentários:

Vânia Vidal disse...

Concordo plenamente> E lebro do meu avô, quando estava acidentado e achando que ía morrer (acabou morrendo mesmo, de outra coisa, nos meus braços)dizendo que estava de "malas prntas" pro eterno, pois tinha sido tanto, mas não ligava à mínima para bens materiais, e era um Maestro muito bem pago e reconhecido.

O ter é ilusão, já dizia Buda.

Isso é do Eliot "Porque sei que o tempo é sempre o tempo

que o real somente o é dentro de um tempo

E apenas para o espaço que o contém

Alegro-me de serem as coisas o que são

E renuncio à face abençoada

E renuncio à voz
Porque esperar não posso mais

E assim me alegro, por ter de alguma coisa edificar

De que me possa depois rejubilar
um beijo (já te autorizei, verifica lá na Borda, ok?)
bjs

Anónimo disse...

Olá Viajante

Concordo plenamente, "não somos o que temos" "somos o que somos" e cada vez mais nos está a ser pedido isso.Redescobrir a nossa essência é fundamental.
A oportunidade está aí, vamos agarrá-la.Eu estou a tentar muito "ser"
Mais uma reflexão muito bonita e importante, obrigada

Beijinho
Um abraço de alma
Salamandra

Rogério Paulo Pereira disse...

Caro Viajante,

Concordo em abstracto. Mas essa visão é uma tese só possível a quem já subiu alguns degraus na inevitável pirâmide das necessidades.
Não conheço ninguém que sem "ter" a barriga cheia, consiga pensar em "ser" algo mais.
O dinheiro não nos dá felicidade. Mas paga muitos dos confortos daquela.

Um grande abraço
Rogério

IdoMind disse...

Querido Viajante..

Nem sei bem o que dizer..É mentira , eu sei sempre o que dizer! lol Nem que seja a brincar.
Mas agora vou falar a sério.É a segunda vez que as suas palavras vêm na hora certa.Só hoje consegui vir aqui e ver o que tem andado a escrever e foi com surpresa que vi o seu último post e a referência à minha humilde pessoa.O que escrevi é o que sinto. É o que acho que é.Por vezes fico meio aflita, castigo-me por speak me mind, sabe?E não me limito a dar opinião, quando falo é mesmo aquilo que eu quero dizer.Hoje tive um dissabor por isso. Vim todo o caminho a pensar:"tens de mudar, as pessoas não gostam de ouvir certas coisas, quem és tu para levantar questões" ou como o Viajante disse "por o dedo na ferida".
Cheguei ao escritório fui ao Grimoire do Mago e a Shin-Tau diz que vai mudar..pensei, mau...Até a Shin_Tau diz que vai mudar a atitude..Fiquei a pensar nela e comentei, como faço sempre, com sinceridade, o que achava dessa mudança.
Vim depois aqui e li isto e se o meu coração tivesse lábios, teria esboçado um sorriso do tamanho do mundo.Obrigado caro Viajante pelas suas palavras, nem sempre é fácil nos assumirmos com o bom e o mau que somos.Fiquei muito feliz e aliviada por constatar que as minhas "bombas" fazem sentido para alguém.E imagine-se até são apreciadas, há doidos para tudo...lol

Muitos beijinhos e um abraço
Obrigado...
IdoMind

IdoMind disse...

Sou eu novamente,

esqueci-me de perguntar onde posso levantar o tal milhão de euros?..

Marisa Borges disse...

Olá amigo Viajante,

essa moça (IdoMind) tem destas coisas, mas há algo importante que não foi dito, é preciso haver alguém capaz de assumir que a bomba largada fez sentido. Nem todas as pessoas teriam a honestidade de assumir que aquilo que o outro lhe disse, fê-lo despertar. Por isso ambos estão de parabéns, um por lançar bombas e outro por as apanhar e analisar sem rejeitar à partida rkrkrkr

Segundo aspecto que considero importante, o seu amigo Rogério Paulo Pereira, tem muita razão no que diz. Antes do sucesso espiritual, é preciso haver equilíbrio material, nem todos nascemos para ser ascetas. É preciso cuidado com as generalizações. A crise económica não nos deixa alternativa, e isso terá as suas consequências, mudanças radicais nunca são produtivas ;) Muitas pessoas, creio, quando a crise terminar (pois vai terminar!)voltarão para a sua vida "normal", deixando de lado estas ideias loucas de se conhecer e seguir um caminho espiritual. O que advém de as pessoas serem levadas à força a mudar, nunca pode durar muito tempo.

O que me parece importante reter da sua linda partilha é que o Ser deve estar antes do Ter, eu não sou o carro que tenho, o emprego que tenho, a vida que tenho, a mulher que tenho, os filhos que tenho, a conta que tenho... Eu sou outra coisa que não isso e é essa coisa que cada um deve descobrir que é, as simple as that!
MAs claro, para alguém se dedicar a um caminho espiritual, deve ter no mínimo as condições materiais necessárias, há um autor que gosto por ser prático assim (mais um touro) Haziel, ele diz sempre primeiro o físico depois o espírito!
e eu concordo com isso, mas nunca para ter mas para ajudar a encontrar o ser.

Obrigada pela sua humildade na partilha e dar assim oportunidade de avançar neste assunto.

Um beijo e um abraço

IdoMind disse...

Este tema é engraçado, parece o da inveja, toda a gente teve alguma coisa a dizer porque toca a todos.

Em relação à partilha da Shin_Tau: será que precisamos de condições materiais mínimas para fazermos o caminho espiritual?

A história tem mostrado que quanto mais temos mais longe ficamos...mais nos esquecemos de onde vimos e para onde havemos de retornar.

Segunda questão, que condições? As que conhecemos, para vivermos a vida que conhecemos - hoje.
Todavia,pode haver outras formas de existência, de sobrevivência e de convivência que não conhecemos e que apenas uma transformação social e económica profunda pode vir a revelar. O que quero dizer é que os impossíveis de ontem são os telemóveis de última geração de agora...realidades que neste momento não conseguimos ainda conceber mas que nem por isso não possam vir a acontecer.

Esta crise, quem sabe, não nos vai levar a possíveis maravilhosos que enquanto espécie também conseguimos fazer.
A transição é que não é fácil e aí concordo que ficar sem nada do dia para a noite não se digere muito bem, mas se está a acontecer...connosco, no nosso tempo...

De qualquer modo acho que tenho de dizer, porque não quero enganar ninguém, que adoro dinheiro! O céu na terra, para mim, seria não ter preocupações de ordem material (sou muito touro!) e portanto este assunto afecta-me particularmente.

Aconteça o que acontecer que a Força esteja connosco!!!

Beijos Viajante e Bem Haja
IdoMind