domingo, 30 de novembro de 2008

Cidades pela vida contra a pena de morte



Quando alguém diz que a vida é sua e que faz dela o que quiser, isto só demonstra que ele não tem a mínima ideia do que está a falar.
A vida é algo que nos foi dado para fazermos um caminho. Temos de a proteger, gerir bem e em circunstância alguma temos o direito de a destruir, seja a nossa seja a dos outros.
A condenação à morte de um criminoso não tem nada a ver com justiça mas tem tudo a ver com vingança, olho por olho dente por dente. Isso era lei há três mil anos, hoje pretendemos ser pessoas diferentes temos uma carta dos direitos humanos elaborada pela ONU mas continuamos a torturar e a executar prisioneiros. A autoridade moral que nos devia tornar diferentes é substituida pela necessidade imediata de informações ou de fazer “justiça” para que as famílias da vítimas possam apenas fechar o ciclo de ódio, porque a paz só se encontra no perdão.
“NÃO À PENA DE MORTE”.


Saudações



O Viajante

7 comentários:

Seeker disse...

No to death penalty!!!!!!

What can I say... I agree with all that you said very well.

I just can add that vengeance cannot reverse the original act or heal the pain. Instead it arouses and legitimizes our own murderous impulses. Vengeance does violence to the soul and perpetuates violence in society.
Death penalty denies the sacredness of human life, it precludes the opportunity for redemption, and it perpetuates the cycle of violence.

Love
xoxo

Marisa Borges disse...

Olá Viajante,

também não sou a favor da pena de morte. Mas, quando li o início do seu texto, não concordei com o que disse. A minha opinião é que cada um deve fazer o que entender com a sua vida. Apesar de nos ter sido dada esta oportunidade e termos o dever de fazer o nosso caminho, considero que cada um deverá ter o direito de decidir o que fazer, mesmo se no fim da viagem tiverem de pagar o preço das suas decisões. Mas apenas creio que temos o direito sobre a nossa Vida e não sobre a dos Outros.

Mais um belo tema, polémico, mas interessante!

Um abraço de luz

Viajante disse...

Olá Shin Tau
Eu referia-me à vida não ser propriedade nossa, mas antes um don que nós administramos e tal como você diz, no fim do caminho teremos de prestar contas da nossa gestão.
Contudo aceito a sua posição, mas uma coisa é certa a interrupção da vida, seja a nossa seja a dos outros, provocada por nós ou por outra pessoa qualquer, é sempre muito negativa para o Uno.
Dela resultam sempre dois prejuizos: quem parte não evolui mais, quem podia aprender com ele já não aprende.

Obrigado pelo seu comentário

Saudações

O Viajante

Anónimo disse...

Olá Viajante

Deixo aqui o meu comentário aos dois post.Sinto que no fundo estão os dois interligados, amei a descrição de reencarnação. O voltar a este plano sempre foi para mim uma realidade, senão onde encaixariamos os famosos " Dejá Vu" e aquelas lembranças de quem já fomos? eu tenho-as bem presentes nesta vida, e sinto que me encontro a trabalhar para limpar aquilo que deixei para trás.

Sinto que somos nós que em plena consci~encia decidimos regressar a este plano talvez seja a nossa forma de dizer Obrigada a Deus pela dádiva da Vida.

Concordo que não temos o direito de acabarmos com a nossa ou outra vida, em nada favorece o Uno como bem diz em nada engrandece a nossa Alma bem antes pelo contrário. A vida é a maior prova de Amor que Deus nos dá, cabe-nos a nós nesta embalagem tomarmos bem conta dela e abençoarmos cada dia, esta a minha convicção.
Perdoe-me o extenso comentário é um assunto que mexe tanto comigo que a maior parte das palavras não saem. Viva a Vida,
NÂO Á PENA DE MORTE.Nenhum ser humano tem esse direito.

Um abraço de Alma

Salamandra

obrigada pelo tema, faz-nos reflectir e muito.

Viajante disse...

Olá Salamandra

Agradeço o seu comentário para nós os comentarios são como os factos do "outro lado da cortina" sem espaço e sem tempo.
Ontem iuvi uma frase em inglês sobre este tema que vou tentar traduzir:
"Porquê matar pessoas que matam outras pessoas para demonstrar que matar é errado?"

Saudações

O Viajante

Marisa Borges disse...

Querido Viajante,

tenho estado a pensar nas suas palavras ao meu comentário, nomeadamente no prejuízo que advém da morte prematura de alguém, seja porque razão for. Sabe, tenho alguma dificuldade em aceitar isso. Mesmo se compreendo perfeitamente o que me está a dizer e até certo nível concordar com ela, há, no entanto, partes que não encaixam, na minha cabeça, claro!
Primeiro parto do princípio que ninguém é insubstituível e que ninguém está dependente de ninguém. Coloquemos um exemplo prático. Eu e a minha irmã, estando juntas estamos a fazer uma evolução na companhia da outra. Se eu decidir terminar a minha viagem, acredito que ela verá a sua em parte prejudicada, mas de certo que o Universo lhe há-de colocar na frente outra pessoa que me possa substituir. Não me parece justo que alguém saia prejudicado pelas acções do outro, pelo menos em termos da lei cósmica.
Sabe, para mim e mais uma vez esta é apenas a minha humilde opinião, devemos escolher bem as nossas experiências. Pois como já disse esta vida é muito curta. Da mesma forma que escolho as cores que visto, a comida que ingiro, também escolho as energias com que me vou dar e se escolher alguém que se vai suicidar será de certo porque terei algo a aprender com essa morte também. Não quero que pense que sou a favor do suicídio, pois não o sou, prezo muito a vida, mas acima de tudo prezo o respeito e se alguém escolher terminar a sua viagem, deverá ter os seus motivos, não o poderei julgar.
Este tema é-me delicado, pois já tive algumas experiências nesse campo. Duas melhores amigas com tentativas de suicídio e eu própria enquanto criança, atenção nunca fui até ao fim pois sempre me faltou a coragem, mas sempre foi uma ideia presente em mim. Sinceramente nem sei porquê, da mesma forma que não sei como essa ideia veio, também não sei como ela se foi. Era apenas uma ideia que se encontrava na minha mente e estou a falar de quando tinha 7/8/9/10 anos. Era quase como se essa saída também existisse, sem qualquer juízo de valor. Para mim era como quando não sabia uma resposta na escola e dizia não sei, o suicídio era a incapacidade de dar resposta às minhas questões. Sempre vivi as coisas intensamente e se me sentia triste era mesmo triste que estava e às vezes não suportava a dor. Enfim, coisas de uma criança excêntrica!!!
Recentemente descobri uma colega de trabalho que, como eu em criança, está sempre a magicar como será a melhor forma de terminar com esta viagem. De certo que terei muito para partilhar com ela.
Às vezes as coisas não podem ser apenas preto ou branco, quem nos diz a nós que não teremos todos de vir a este plano experimentar essa realidade, o de terminar com a nossa vida! Eu sinceramente não sei, sei que está escrito na bíblia que não nos devemos matar, mas está lá tanta coisa que não faz sentido.
Enfim…divagações. Eu disse-lhe que este tema era interessante! Fiquei mesmo a pensar sobre o que me tinha respondido e ainda não consigo aceitar essa verdade, as minhas razões são estas. Talvez um dia se faça um clique e veja as coisas de outra perspectiva. Até lá estarei sempre aberta a estas partilhas preciosas, que me fazem alargar os horizontes ou, às vezes, assentar melhor as nossas convicções.

Um abraço de luz, obrigada e desculpe a extensão do comentário, quase parece um post (risos)

Anónimo disse...

Olá Viajante
Vim aqui hoje não para falar deste tema (por enquanto) mas para desanuviar um pouco propondo-lhe um desafio, uma brincadeira que tambem faz muito bem á alma.

Passe no meu blogue, claro que aceita se quiser mas.... olhe que eu diverti-me imenso e tive de dar trabalho ao tico e ao teco!!!mas no final foi compensador.Espero que lhe tenha despertado a curiosidade.

Um abraço de alma
Salamandra