Discriminação
"Não deve ser difícil escolher entre o certo e o errado, pois os que desejam seguir o Mestre já decidiram assumir o certo a todo custo. Mas o corpo e o homem são duas coisas diferentes, e a vontade do homem nem sempre é a vontade do corpo. Quando teu corpo quer alguma coisa, pára e pensa se realmente és tu quem a quer. Pois tu és Deus, e tu queres apenas o que Deus quer; mas deves mergulhar fundo dentro de ti mesmo para encontrar o Deus interior, e ouvir Sua voz, que é a tua voz. Não tomes teus corpos como se fossem tu mesmo - nem o corpo físico, nem o astral, nem o mental. Cada um deles pretenderá ser o Eu, a fim de obter o que quer. Mas tu deves conhecê-los todos, e saber-te mestre de todos eles.
Quando há trabalho a ser feito, o corpo físico quer descansar, sair para caminhar, comer e beber; e o homem que não sabe diz a si mesmo: "Quero fazer estas coisas, e devo fazê-las". Mas o homem que sabe diz: "Este que deseja não é eu, e deve esperar um pouco". Muitas vezes, quando há oportunidade de ajudar alguém, o corpo sente: "Será muito incômodo para mim; que outro o faça". Mas o homem responde ao seu corpo: "Tu não vais me impedir de fazer uma boa obra".
O corpo é teu animal - o cavalo em que montas. Portanto, deves tratá-lo bem, e cuidar bem dele; não deves extenuá-lo, deves alimentá-lo adequadamente, apenas com comida e bebida puras, e mantê-lo sempre meticulosamente limpo, livre até mesmo da mais diminuta partícula de sujidade. Pois sem um corpo perfeitamente limpo e saudável não podes fazer o árduo trabalho de preparação, não podes suportar sua tensão contínua. Mas deve ser sempre tu quem controle o corpo, e não que ele te controle.
O corpo astral tem os seus desejos - dúzias deles; ele quer que sintas fome, digas palavras ásperas, sintas ciúme, ambiciones dinheiro, invejes as posses alheias, cedas à depressão. Ele quer todas estas coisas, e muitas outras, não porque deseje prejudicar-te, mas porque aprecia vibrações violentas, e aprecia variá-las constantemente. Mas tu não queres nenhuma destas coisas, e portanto deves discriminar entre as tuas vontades e as do teu corpo.
Teu corpo mental quer pensar em si mesmo como orgulhosamente separado, quer pensar muito em si mesmo e pouco nos outros. Mesmo quando tiveres te retirado das coisas do mundo, ele ainda tenta calcular para si mesmo, fazendo-te pensar em teu próprio progresso, em vez de pensares na obra do Mestre e na ajuda aos outros. Quando meditares, ele tentará fazer com que penses nas muitas coisas que ele quer, em vez de na única coisa que tu queres. Tu não és esta mente, mas ela é tua para teu uso; assim, novamente é necessária a discriminação. Deves vigiar sem trégua, ou falharás."
Quando há trabalho a ser feito, o corpo físico quer descansar, sair para caminhar, comer e beber; e o homem que não sabe diz a si mesmo: "Quero fazer estas coisas, e devo fazê-las". Mas o homem que sabe diz: "Este que deseja não é eu, e deve esperar um pouco". Muitas vezes, quando há oportunidade de ajudar alguém, o corpo sente: "Será muito incômodo para mim; que outro o faça". Mas o homem responde ao seu corpo: "Tu não vais me impedir de fazer uma boa obra".
O corpo é teu animal - o cavalo em que montas. Portanto, deves tratá-lo bem, e cuidar bem dele; não deves extenuá-lo, deves alimentá-lo adequadamente, apenas com comida e bebida puras, e mantê-lo sempre meticulosamente limpo, livre até mesmo da mais diminuta partícula de sujidade. Pois sem um corpo perfeitamente limpo e saudável não podes fazer o árduo trabalho de preparação, não podes suportar sua tensão contínua. Mas deve ser sempre tu quem controle o corpo, e não que ele te controle.
O corpo astral tem os seus desejos - dúzias deles; ele quer que sintas fome, digas palavras ásperas, sintas ciúme, ambiciones dinheiro, invejes as posses alheias, cedas à depressão. Ele quer todas estas coisas, e muitas outras, não porque deseje prejudicar-te, mas porque aprecia vibrações violentas, e aprecia variá-las constantemente. Mas tu não queres nenhuma destas coisas, e portanto deves discriminar entre as tuas vontades e as do teu corpo.
Teu corpo mental quer pensar em si mesmo como orgulhosamente separado, quer pensar muito em si mesmo e pouco nos outros. Mesmo quando tiveres te retirado das coisas do mundo, ele ainda tenta calcular para si mesmo, fazendo-te pensar em teu próprio progresso, em vez de pensares na obra do Mestre e na ajuda aos outros. Quando meditares, ele tentará fazer com que penses nas muitas coisas que ele quer, em vez de na única coisa que tu queres. Tu não és esta mente, mas ela é tua para teu uso; assim, novamente é necessária a discriminação. Deves vigiar sem trégua, ou falharás."
Saudações
O Viajante
8 comentários:
Olá Viajante,
eis um belo complemento ao que a carta Imperador e agora o Dependurado nos tenta relembrar.
Apenas a união plena de todos os nossos corpos, do respeito por todos eles pois todos são necessário, nos poderá levar a um caminho do meio.
Desejo que consiga sempre discriminar o que é seu por livre vontade do que que não é, às vezes, está tão disfarçado que se torna difícil, mas para uma mente atenta como você se revela ser, creio que será fácil.
Um beijo enorme
Meu amigo Viajante
estou a adorar esta sincronia com os nossos post,e com toda a certeza está a dar-me respostas bem concretas, obrigada
Adorei este texto, reflexão não o conhecia. Ai! o nosso corpo fisico,mental, enfim todos eles desejam tanta coisa! o trabalho consiste exactamente aí! e que dá trabalho dá.Mas vamos com calma trilhando o nosso Caminho e despertando-nos uns aos outros.
Um abraço colorido
beijinho
Salamandra
Cara Shin Tau
Obrigado pela sua confiança mas julgo que não será assim tão facil, discernir e discriminar o que é importante do que não é. Talvez quem sabe na proxima vida.
Beijinho
O Viajante
PS. Espero que seja só trabalho
Olá Salamandra
Pois sincronia acho um termo mais correcto. Quando era mais jovem li muitas coisas sobre este autor. Mais tarde tive alguns contactos com elementos da sociedade teosofica. Tudo isto estava arquivado até que a Seeker fez vir à superficie, quem sabe talvez vá continuar.
Um abraço verde mar
O Viajante
Olá
sou eu outra vez! posso deixar uma sugestão?
Vá lá ao seu arquivo e traga mais preciosidades como esta. O meu amigo tem muito para partilhar e ensinar.
Um abraço forte direitinho ao seu coração
salamandra
Olá Salamandra
Vou ver que mais tenho aos pés do mestre e fique descansada que irei publicar mais umas coisas
Um abraço de Lua
O Viajante
Querido Francisco,
No meu quarto há uma foto do nosso querido J. Krishnamurti. Li quase todos os seus livros e fui criada em em um ambiente de grande liberdade religiosa, pois meus avós eram (meu avô faleceu em 2006) teosofistas e criaram os três filhos dentro da Sociedde Teosófica. Minha mãe não é teosofista, mas bebeu da fonte e J. Krishnamurti
é de uma sabedoria...
Posso te dizer que em muitos momentos extremos sua sabedoria me salvou, além daquele lindo e calmo rosto, aquela túnica branca, me olhando do alto.
bjs
querido
vânia (não falei do seu pezinho na teosofia...)
Por favor continue a ir aos arquivos e a partilhar connosco todos estes conhecimentos.
Kisses,
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