No nascimento de um novo século e apesar do obscurantismo ser algo de há oitocentos anos atrás, existem certas coisas que pouco mudaram.
As doenças mentais, talvez porque continuam a convocar os nossos medos mais profundos, apesar do avanço da medicina e do aumento das possibilidades de cura, continuam a ser algo tabu.
São doenças que estigmatizam as suas vítimas de forma subtil, segregando o doente e até os seus familiares. O facto de alguém ser internado para efectuar um tratamento num hospital psiquiátrico ficava de imediato rotulado como “maluco” e como tal pessoa em quem não se pode confiar. Claro que este sentimento leva a que os doentes nunca queiram ser internados e a famílias tentem evitar a todo o custo o seu internamento, muitas vezes com prejuízos enormes para a qualidade de vida do doente e da família.
Mas o isolamento destes doentes resulta também do facto dos outros ditos “normais” não terem tempo para os ouvir ou nem sequer prestarem atenção aquilo que eles dizem.
São muitos deles pessoas sozinhas para não dizer abandonadas e cheias de vontade de abraçar beijar e rir.
Importa que seja dado o primeiro passo no sentido de se desmistificarem as doenças e o doente psiquiátrico. Terão que ser as instituições, com uma politica de proximidade com a comunidade e as famílias transmitindo as suas experiências, a demonstrarem que a doença psiquiátrica é uma eventualidade como qualquer outro tipo de doença, não é contagiosa e pode ser curada ou controlada, permitindo que o doente faça uma vida normal e socialmente útil.
As doenças mentais, talvez porque continuam a convocar os nossos medos mais profundos, apesar do avanço da medicina e do aumento das possibilidades de cura, continuam a ser algo tabu.
São doenças que estigmatizam as suas vítimas de forma subtil, segregando o doente e até os seus familiares. O facto de alguém ser internado para efectuar um tratamento num hospital psiquiátrico ficava de imediato rotulado como “maluco” e como tal pessoa em quem não se pode confiar. Claro que este sentimento leva a que os doentes nunca queiram ser internados e a famílias tentem evitar a todo o custo o seu internamento, muitas vezes com prejuízos enormes para a qualidade de vida do doente e da família.
Mas o isolamento destes doentes resulta também do facto dos outros ditos “normais” não terem tempo para os ouvir ou nem sequer prestarem atenção aquilo que eles dizem.
São muitos deles pessoas sozinhas para não dizer abandonadas e cheias de vontade de abraçar beijar e rir.
Importa que seja dado o primeiro passo no sentido de se desmistificarem as doenças e o doente psiquiátrico. Terão que ser as instituições, com uma politica de proximidade com a comunidade e as famílias transmitindo as suas experiências, a demonstrarem que a doença psiquiátrica é uma eventualidade como qualquer outro tipo de doença, não é contagiosa e pode ser curada ou controlada, permitindo que o doente faça uma vida normal e socialmente útil.
Saudações
O Viajante
2 comentários:
O estigma social destes doentes e também de suas famílias é muito prejudicial aos mesmos, que para além de terem que lidar com a doença ainda o tem que fazer num ambiente "hostil".
O confrontar um doente mental dá á maioria das pessoas um desconforto, porque tudo o que é diferente mete medo, e porque se confrontram com uma realidade que lhes poderá acontecer e ainda que inconscientemente têm medo de ser um "espelho".
Este estigma é como uma pescadinha de rabo na boca, os estigmatizados têm medo de falar sobre ele porque poderão sofrer mais consequências e os estigmatizantes continuam "na sua".
O papel das instituições será muito importante, mas estas também terão que contar com as famílias e terão que ser as "mais corajosas", o que não é fácil encontrar.
É uma questão muito difícil de trabalhar e (como se sabe em sociologia) a mudança de mentalidades é uma questão que tem que ser muito trabalhada e pode demorar muitos anos.
Obrigado pela coragem em falar do assunto e pela vontade de discuti-lo!!!!
xoxo
Pena que pouca gente tenha coragem de colaborar na discussão.
xoxo
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